Quando se diz que o Real Madrid versão Mourinho acabou não significa que ninguém restará. Vai haver Casillas, Sergio Ramos, possivelmente Kaká e Cristiano Ronaldo. Mas nascerá uma nova versão da equipe, derrotada em três semifinais consecutivas, como aconteceu também entre 1987 e 1989.

O mesmo vai acontecer com o Barcelona.
A derrota para o Bayern com o maior placar agregado da história da Champions League (desde 1992), levando 3 x 0 em casa pela primeira vez desde 2002 (caiu contra o Sevilla em 15/12/2002) e perdendo mata-mata no Camp Nou pela primeira vez desde 2007 evidencia: o Barça dos títulos de 2009 e 2011 acabou. Acabou em 2012.

Isso não quer dizer que outra versão, baseada em Messi e talvez com Tito Vilanova no banco pela temporada toda -- suas ausências fizeram falta -- não possa voltar a ganhar a Champions. Pode.
Mas será outro ciclo.

Diga-se, o Barcelona ultra-vitorioso, chamado de melhor time do mundo teve dois momentos distintos. O de Frank Rijkaard, baseado em Ronaldinho Gaúcho, durou até 2008 e morreu com a terceira colocação no Campeonato Espanhol, atrás do Villarreal.
A mudança ficou clara pela venda de Ronaldinho e a entrega da camisa 10 a Lionel Messi.

A segunda versão do Barcelona melhor do mundo nasceu em 2008/09 ganhando a tríplice coroa e seguiu com Guardiola como mentor até a eliminação contra o Chelsea, nas semifinais da Champions League 2011/12. Poderia ter continuado. Não continuou. Os resultados desta temporada mostram. A segunda versão ficou no ano passado.

Há de vir outra.
Neste momento, o melhor time da Europa é o Bayern de Munique.
Mas pode ser o Borussia Dortmund.