sexta-feira, 12 de abril de 2013

A torcida canta e vibra, o Palmeiras corre, marca e está nas oitavas-de-final da Copa Libertadores

Havia mais palmeirenses na quinta-feira no Pacaembu do que corintianos na noite de quarta. Parece banal, mas fazia tempo que isso não acontecia. Desde a semifinal da Copa Sul-americana de 2010, contra o Goiás, não se via o Pacaembu tão casa do Palmeiras num jogo que valesse três pontos -- sim, o estádio municipal historicamente também foi sempre palmeirense, como também se viu na despedida de Marcos, em dezembro.

Contra o LIbertad, o cenário foi semelhante ao que já havia acontecido contra o Tigre. Mas amplificado, pela presença de 35 mil torcedores, em vez dos 19 mil da semana passada. A torcida canta e vibra -- "Palmeiras, minha vida é você!" O time responde correndo, marcando, mordendo e recuperando a bola no campo de ataque.

Este último aspecto merece destaque. Tantas vezes repete-se que os técnicos brasileiros estão acomodados, frase que não vale para os que fazem o time subir a marcação e afogar o adversário na saída de bola, como o Corinthians de Tite ou como o Palmeiras de Kleina -- há outros exemplos.

Mas o diferencial deste momento palmeirense é a simbiose entre a arquibancada e o campo de jogo. Incrível como o time se dedica. A torcida percebe e incentiva e os gritos da arquibancada voltam em forma de marcação, dedicação, raça, dentro de campo.
Alguém pode perguntar por que não pode ser sempre assim. 

Talvez porque times com talento sobrando nos pés dos jogadores julguem que é possível resolver jogos de outra maneira, jogando. O Palmeiras da primeira fase da Libertadores, principalmente depois da partida contra o Mirassol, percebeu só ter um jeito de resolver sua vida: suando!

Está dando certo.

O que pode acontecer com o Palmeiras neste ano? Difícil prever. Se for segundo colocado de seu grupo e enfrentar o Corinthians, o cenário é um. Se for campeão da chave e enfrentar o Real Garcilaso nas oitavas-de-final, o cenário é outro.

Mais importante neste momento é notar o que já aconteceu: a torcida abraçou o time, que se sentiu abraçado e retribuiu com sua fibra.

Quem esteve no Pacaembu na quinta-feira à noite para um jogo comum viu uma simbiose incomum