quinta-feira, 28 de março de 2013

Diretores profissionais tendem a manter Kleina, mas é impossível ter certeza antes da volta do presidente

Logo depois da hecatombe de MirassPalmeiras toma 6 gols no 1° tempo e sofre goleada vergonhosa do Mirassolol, o gerente de futebol, Omar Feitosa, disse a Gílson Kleina para ficar tranquilo, manter a cabeça fria e seguir o trabalho. A conversa revela a ideia inicial da diretoria de futebol do Palmeiras. Se Brunoro e Omar Feitosa decidissem sozinhos, seria mais fácil cravar que Gílson Kleina continua no Palmeiras, mesmo depois da goleada. Mas eles não são os únicos a decidir.

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Gazeta Press
Jogadores do Palmeiras após a goleada por 6 a 2 em Mirassol
Jogadores do Palmeiras após a goleada por 6 a 2 em Mirassol
Paulo Nobre está na Europa. No desembarque no Brasil, pode demonstrar espanto, indignação ou paciência. Impossível dizer. Certeza só no final da sexta-feira.
As dúvidas não passam apenas pelo que aconteceu em Mirassol.


Manter Kleina contempla o sentimento de justiça. Pegou o time no olho do furacão, não evitou o rebaixamento, mas ele já era quase inevitável. Começou a remontagem no dia 22 de janeiro, com todo o atraso provocado pela eleição e tem um elenco frágil. Em Mirassol, tinha 13 desfalques. Um deles, Valdivia, completava 100 jogos ausente, dos 191 disputados pelo clube desde seu retorno, em 2010.

Por outro lado, Kleina não conseguiu fazer o time engrenar. Não se firma no Paulista, corre risco de eliminação na Libertadores e há a sensação de que pode passar aperto até na Série B. A comparação com o período de Otacílio Gonçalves, contratado e mantido por Brunoro até uma derrota para o Mogi Mirim, no Parque Antártica, em 1993, é justa. Gílson Kleina é em 2013 um pouco do que foi Otacílio Gonçalves naquela época.

Demitir não era a intenção de Brunoro naquela época. Também não é hoje em dia. Mas...

Mas há pressão demais no Parque Antártica. É impossível cravar.
Mudar por Mano Menezes? Seria bom, mas seria improvável que Mano aceitasse, por seu vínculo com o Corinthians e por correr o risco de ficar marcado pelos títulos de Série B.
Mudar por Dorival Júnior? Os últimos trabalhos do sobrinho de Dudu não animam.

Em 2003, três dias antes da estreia na Série B, o Palmeiras de Jair Picerni levou 7 x 2 do Vitória, em São Paulo. Picerni ficou.