sexta-feira, 4 de maio de 2012

A organização da Libertadores e a reclamação exagerada do Corinthians

Quando o presidente Mario Gobbi, do Corinthians, diz que a Libertadores é uma várzea, é possível enumerar situações que dão razão à tese. O Santos atacado por bolivianos racistas, semana passada, ou os soldados com seus escudos, como historicamente se protegem de pedradas no Defensores del Chaco.

As cenas citadas acima justifica um movimento dos clubes brasileiros, uma marcha em direção à Confederação Sul-Americana para reivindicar mais conforto, segurança e cotas de televisão mais generosas.

O jogo Emelec x Corinthians está alguns degraus abaixo disso.
Não que o árbitro colombiano José Buitrago tenha tido uma arbitragem inquestionável. Inverteu faltas e deixou de dar cartão amarelo ao meia Giménez quando este atingiu Jorge Henrique na boca, no final do primeiro tempo.

Não deu.
O problema é que Jorge Henrique reagiu intempestivamente e revidou a agressão com entrada dura.
É difícil dizer que Jorge Henrique não mereceu levar cartão amarelo nessa jogada -- o erro é não mostrar para os dois lados.

Então, Jorge Henrique ficou pendurado e levou o vermelho aos 7 do segundo tempo ao frear um contra-ataque. Se o Corinthians acha que o árbitro estava de sacanagem, digamos então que deu argumentos para o árbitro justificar suas decisões.

Melhor iniciar a marcha à Conmebol com outros argumentos.
Melhor também conquistar a vaga às quartas-de-final da Libertadores, pela primeira vez desde 1999, também usando um artifício inquestionável: futebol.
Contra o Emelec, o Corinthians marcou bem e teve Cássio seguro.
Mas foi tímido no ataque desde o primeiro tempo. Por isso não fez o gol necessário para dar mais tranquilidade no Pacaembu.