sexta-feira, 4 de maio de 2012

Decisão da diretoria do São Paulo é técnica

Juvenal Juvêncio diz que Émerson Leão concordou com o afastamento de Paulo Miranda.

É verdade, se não tivesse concordado não teria dirigido o time em Campinas.

Leão concordou mas não aceitou, ficou claro antes e depois da derrota. “Se tivesse no grupo, ele teria sido escalado”, disse o treinador.

Houve uma óbvia interferência da diretoria na parte técnica. E no dia do jogo.

O grupo não ficou abalado com isso, mas é no mínimo estranho você ver seu colega afastado da concentração horas antes de uma partida.

Como fica, agora, a confiança no treinador? Até que ponto os jogadores podem acreditar nele?

Leão, certamente, contou até dez enquanto se lembrava do tempão que ficou parado, sem trabalho.

A decisão da diretoria, com embalagem administrativa, foi técnica. Área do treinador.

Toda essa história colocou em segundo plano o rendimento do time em Campinas.

O São Paulo começou bem, mas com o tempo foi abandonando a partida. Por que Lucas foi omisso?

Uma das maiores esperanças do futebol brasileiro permaneceu alheia ao jogo, escondido na “ponta” direita, disposto a consagrar o lateral Renan, reserva da Ponte.

Um 4-3-3 só se justifica se houver mobilidade no ataque. Os três da frente, sem movimento, acabam se encaixando na marcação do adversário.

A defesa do São Paulo não exibe a segurança do tricampeonato brasileiro, não possui jogadores pra isso, qualquer tricolor sabe.

Mas alguém deve ter indicado o zagueiro. Paulo Miranda não merece levar a culpa sozinho.

O problema em Campinas é que o time aceitou o jogo de uma Ponte Preta valente, organizada e dedicada.

Agora é mais importante saber o que levou Lucas a uma atuação apática.

Ele parecia jogar no Brinco de Ouro, sozinho, enquanto o time atuava no Moisés Lucarelli.


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