segunda-feira, 23 de abril de 2012

A força do interior e a fraqueza do Paulistão, ou vice-versa

De 2000 para cá, são 13 Campeonatos Paulistas e só três vezes os quatro grandes chegaram à final.
Cansei de falar isso no Bate Bola da ESPN Brasil, é símbolo da dificuldade de jogar o campeonato.
Não de sua força.
Pela décima vez, em treze edições do Paulistão, os quatro grandes não chegam juntos à final.
Isso não representa a força do interior de São Paulo, como quer dizer a Federação e como a coluna do estadão de hoje contradisse.

Uma coisa é Guarani e Ponte se beneficiarem do regulamento, que prevê jogo único nas quartas-de-final e provoca tropeço do líder com uma derrota em casa -- a Ponte Preta se beneficou das regras, o Guarani é outra história.

Mas a ideia de "o interior é forte", firme nos anos 70, 80, até nos 90, não sobrevive a este Paulistão. Mesmo que o campeão venha ser do interior, a força do campeonato é muito menor do que já foi.
Mostra isso os 5210 pagantes por jogo.

A ideia tem de ser melhorar o campeonato e, para isso, compará-lo com os melhores do mundo.

Sobre os classificados, o São Paulo é talentoso, mas sofrerá pela ausência de Luís Fabiano.
O Santos é o mais forte e tem Neymar.
Ao Guarani falta talento, embora sobre força de conjunto.
A Ponte não fez uma boa primeira fase. Marca muito, cria menos.

O favorito para o título? O Santos.
Mas ele volta da Bolívia na sexta e pega o são Paulo no domingo.
Em suma, o Paulistão não vai apontar a realidade do estado.