quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A velha prepotência de alguns brasileiros na Copa Libertadores

O Olimpia eliminou o Grêmio em 2002. O tricolor não passou pelo Independiente de Medelín em 2003. O Deportivo Cali despachou o Cruzeiro em 2004. No mesmo ano Santos e São Paulo caíram diante do então desconhecido Once Caldas. Em 2007 foi a vez de o Flamengo ser eliminado pelo pequeno Defensor, do Uruguai.

Um ano depois, os rubro-negros foram vergonhosamente desclassificados pelo América do México, que precisava de 3 a 0 no Maracanã. E fez. Depois o time mexicano bateu o Santos e o Fluminense perdeu a decisão para a LDU. Para completar, no ano passado houve a queda quádrupla de Cruzeiro (para o Once Caldas) Fluminense (diante do Libertad), Internacional (Peñarol) e Grêmio (Universidad Católica). No mesmo dia! Antes teve o Tolima contra o Corinthians...

Esses são apenas os exemplos recentes. Poderíamos enumerar outros tantos voltando mais um pouco no tempo. Mesmo assim, os times estrangeiros seguem sendo tratados como lixo por parte da mídia e da torcida quando têm pela frente os "esquadrões" brasileiros. É inacreditável como as pessoas não aprendem essa lição. Que o Arsenal de Sarandí não é um dos melhores representantes argentinos nem se discute, mas...

Durante o 1 a 0 do Fluminense no Engenhão, as redes sociais davam vazão a um festival de definições exageradas envolvendo a qualidade técnica do 13º colocado no último campeonato argentino. Um internauta me enviou mensagem insinuando que o Duque de Caxias venceria o Arsenal. Outro rotulou o adversário do time tricolor como o pior time que ele já viu. Respondi que certamente ele não acompanha os Estaduais.

Claro que o Arsenal não é uma equipe poderosa, mas já disputou a Libertadores antes, tem a conquista de uma Copa Sul-americano no currículo e dentro de suas limitações apresentou virtudes. Tanto que o Fluminense não teve tantas oprtunidades claras de gol. Tanto que o time argentino criou chances por saber explorar a fragilidade da defesa carioca no jogo aéreo. Faltou, sim, competência para pelo menos empatar a partida.

Nem só de Boca Juniors se formam os perigos da Libertadores. Os exemplos acima confirmam isso. Após o apito final, o torcedor do Fluminense, decepcionado com a fraca atuação, certamente sentiu um misto de alívio pelos três pontos com irritação pelo fraco futebol. E para mostrar que o time brasileiro jogou mal, não é preciso transformar o adversário em algo pior do que realmente é.


 Arbitragem gerou reclamações injustas dos tricolores'
Ao final a arbitragem gerou reclamações injustas dos tricolores