sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

VÍDEO: O São Paulo sem Rogério Ceni

Mais de 20 anos de clube. Mais de 1000 jogos pela equipe. Mais de 100 gols... Rogério Ceni é o jogador mais importante da história do São Paulo (e um dos maiores goleiros brasileiros de todos os tempos), gostem dele ou não.

Rogério é o goleirão, o líder, o cara que dá a última palavra antes de o time entrar em campo, o cara que mais treina, o cara que entende o time mais que o treinador, o cara que sabe tudo sobre o adversário, o cara que comanda como dirigente.

Isso tem o lado bom, claro. E o lado ruim também. O São Paulo tornou-se excessivamente dependente de Rogério Ceni, sobretudo nesses tempos de vacas magras.

Agora, seis meses afastado por conta de uma cirurgia (apenas a segunda contusão na carreira do goleiro), o São Paulo antecipa a discussão sobre a vida pós-Ceni.

É complicadíssimo e delicado o processo de ruptura do cordão umbilical com o ídolo, ainda mais o ídolo de um clube só, o ídolo em extinção.

Em pleno processo (radical) de refomulação, o São Paulo perde sua referência.



Será o fim da carreira de Rogério Ceni? O repórter Eduardo Affonso analisa!
Como substituir Rogério Ceni? O mais simples parece ser a substituição no gol. Denis é um bom goleiro tecnicamente falando (não deve aos demais dos grandes clubes do país), mas vai herdar uma responsabilidade e pressão monstruosas.

O problema maior é o pacote completo, o que transcende o goleiro. É repor tudo aquilo que Rogério Ceni significa. Candidatos a líder não faltam. Luís Fabiano, o capitão temperamental e ídolo da torcida? Rhodolfo, que era capitão no Atlético-PR? Fabrício, que veio para ser líder, mas não tem identidade com o clube? Ou Leão, que estava escondido, mas sempre gostou de mandar (aliás, como têm semelhanças Rogério Ceni e Leão...)?

O futuro do São Paulo depende da indicação de Rogério Ceni. Ele vai querer continuar jogando? Só até o fim do ano? Mais um ano? Vai querer ser técnico? Dirigente?

O sucesso do São Paulo vai depender dessa transição, delicada transição. O São Paulo sabe viver sem Rogério Ceni dentro e fora de campo?