sábado, 14 de janeiro de 2012

Por que não um italiano?

Ariel Nahuelpan, do Racing Santander, Ismael Sosa, do Gaziantepspor e Hernan Barcos, da LDU são alguns dos nomes ventilados para reforçar o Palmeiras.

Em comum, o fato de serem sul-americanos.

Não entendo a insistência palestrina nessa tecla.

Orra, se o clube tem origem italiana, e se vangloria por causa disso, então por que não contratar um jogador com o selo de autenticidade ‘made in Italy’.

Lembro-me de Marco Osio, um atacante cabeludo que sempre entrava e animava a torcida nos idos de 1995.

Marco Osio

Ele não era um ‘Del Piero’ mas quando tocava na bola, sabia o que fazer – diferentemente de muito jogador contemporâneo do Palestra.

Osio, atualmente técnico de futebol, é de Ancona e veio para o Palmeiras, do Parma, porque era considerado muito velho para o viril Calcio.

Época das vacas gordas da Parmalat, em um time recheado de craques, ficava muito fácil ‘enganar’.

Osio não brilhou, longe disso, mas deixou saudade no torcedor. Pode perguntar por aí.

Penso que um ‘calciatore’ no Palmeiras, como o veterano Luca Toni, encostado na Juventus, poderia ajudar a preencher a lacuna de ídolo deixada pelo santo Marcos.

Campeão mundial com a Itália em 2006, com certeza, uns golzinhos ele iria guardar...

Como capitão, estaria à frente de um ferrolho impenetrável, em que os adversários teriam de suar a camisa para passar. Até o Barcelona iria penar com o ‘catenacio’ palestrino.

Seria a nova Academia, só que às avessas, tendo como lema ‘A defesa é o melhor ataque’.

Os tempos de invencibilidade no Palestra Itália voltarão. Tempos em que jogar no Jardim Suspenso era sinônimo de derrota ou empate ao inimigo. Vitória jamais.

madeinitaly

Agora se o italiano não corresponder em campo, não tem problema. Vale pelo marketing.

Se não for o bastante ‘il calciatore’ poderia, ao menos, agitar a concentração do Verdão com seu bandolim e muita tarantela.

Poderia também promover belas refeições com primo, secondo, terzo, quarto piatti e quantos pratos a rapaziada aguentar.

No cardápio elaborado pela nutricionista, pasta e risoto, com arroz arbório, passariam a ser obrigatórios.

Uma taça de vinho por refeição, liberada e incentivada. Sem esquecer da bruschetta como antipasto.

Às sextas, pré-rodada, pizza margherita, com mozzarela de búfala, que é fonte de carboidrato.

Agora, se nada disso acontecer, na pior das hipóteses o italiano iria colocar um pouco de bom gosto na vestimenta da boleirada brasuca - o conceito 'fare bella figura'.

Meia branca com sapato preto nunca mais seriam vistos na chegada da delegação alviverde aos estádios.

meia