quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Garotada corintiana dá uma lição aos vampiros de chuteiras

Muito mais que a conquista da oitava Copa São Paulo, com virada no melhor estilo Corinthians, a garotada deu uma lição à cartolagem do clube, principalmente ao presidente licenciado, o eterno rei do sorriso Andrés Sanchez.

Mesmo comendo o pão que até o diabo recusou, com precárias condições de trabalho, os meninos superaram os obstáculos e demonstraram que a base merece muito mais que simples camisas e calções lavados, tapinhas nas costas e desculpas esfarrapadas para justificar o injustificável.

Há que se ter o mesmo respeito que os 40 mil fieis dedicaram ao time na vitória sobre o Fluminense, no Pacaembu. Um ‘bando de loucos’ sem um centavo de resquício da alienação que acompanha os dirigentes quando se trata de olhar para o futuro das chuteiras do esporte bretão nacional – em todos os clubes, diga-se de passagem.

Os garotos merecem parabéns, e os cartolas, desprezo, já que não passam de vampiros oportunistas atrás do sucesso alheio.

Graças ao sonho de um dia vingar no planeta bola, os meninos superaram várias barreiras, como não ter campo fixo para treinar, alojamento (sem teto, pediram ajuda ao Flamengo de Guarulhos) e a rejeição instalada no clube, e heroicamente chegaram ao caneco.

O Corinthians começa o ano como terminou, soltando o grito de campeão. Mas essa faixa pertence somente aos moleques e à Fiel.

Pelo menos até que o clube cumpra a promessa de entregar um CT com quatro campos, restaurante, hotel, academia e... a dignidade que os meninos merecem.
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Pif-Paf. Os russos do CSKA são um verdadeiro exemplo de mão aberta, de dinheiro na mão é vendaval. O Flamengo só precisou de três lances para convencer os russos a liberar o atacante Vagner Lance. Primeiro, ofereceu R$ 15 milhões em cinco anos. Depois, mandou R$ 18 milhões, e nada. A foice e o martelo só desceram quando a proposta chegou a R$ 22,8 milhões, parcelados em três anos. Negócio concluído, agora só falta receber.

Sugismundo Freud. A coisa mais profunda em certas pessoas é o sono.

Rádio Rabiola. A presidenta Patrícia Amorim deve colocar a maquiagem de molho. Se resolver encarar novamente a urna eletrônica para a Câmara de Vereadores, ela encontrará um adversário de peso. O ex-jogador e técnico Andrade foi convencido pelo PSDB a brigar por uma cadeira nas próximas eleições. Nos pés e nas mãos de Andrade, o Flamengo ganhou vários títulos.

Twitface. Estresse é um problema que dificilmente será enfrentado pelo Fluminense fora de campo. Três meses depois de ser contratado, o gerente financeiro Renato Blaute já curte férias.

Marketing. Os bons ventos que deixaram de soprar na publicidade dos clubes chegaram ao Parque São Jorge. A Hypermarcas ainda não decidiu se renovará o contrato com o ‘bando de loucos’. O acordo termina em abril. O Corinthians sonha fechar o enxoval com R$ 50 milhões. Já belisca R$ 10 milhões com o Fisk e mais R$ 2 milhões com a TIM. O patrocínio master está se transformando numa dor de cabeça para os clubes. Flamengo, São Paulo e Palmeiras já passam o chapéu.

Tiro curto. O Grêmio passou a borracha no nome de Giuliano. O Dnipro, da Ucrânia, insistiu em receber R$ 22,8 milhões, mas o Imortal parou em R$ 18,2 milhões.

Gilete press. De João Carlos Assumpção, no ‘Lance’: “Agora, além dos campos de futebol, virou moda também no octógono os brasileiros festejarem suas vitórias louvando Cristo. Atribuem a ele os murros, cotoveladas, pancadas na cabeça e todo o sangue que tiram de seus adversários.” ‘Mata-leão’. Aleluia!

Papelão. A ginasta Daniele Hypólito caiu do cavalo numa blitz de madrugada no Leblon. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro e também não apresentou a carteira de habilitação. Apesar das piruetas nas explicações, tomou duas multas (total de R$ 1.010) e perdeu 10 pontos.

Tititi d’Aline. O hermano Jesus Dátolo aterrissou no Internacional com um significativo carimbo das fãs: em 2010, quando defendia o Napoli, provocou frissons ao posar nu para uma revista gay. Torcedores e cartolas do time italiano ficaram tão felizes que andaram queimando exemplares da publicação, já que o ex-atleta do Boca Juniors usou a camisa do clube no ensaio.

Você sabia que... o Manchester City já multou Tevez em R$ 25,5 milhões por indisciplina?

Bola de ouro. Matheus Caldeira, Ravi, Cristiano, Leandro, Antonio Carlos, Marquinhos, Denner, Anderson, Gomes, Giovanni, Wesley, Matheuzinho, Douglas, Leonardo e o técnico Narciso. Campeões da Copinha contra tudo e contra todos, até o próprio Corinthians.

Bola de latão. FPF. A nobre entidade respeita a Copinha como pérola de bijuteria. Na final, a torcida ganhou tratamento vip: cinco horas para entrar no Pacaembu, ameaça de agressão por parte de cambistas, policiais mais interessados no BBB...

Bola de lixo. José Maria Marin. O imaculado representante do Circo Brasileiro de Futebol, torcedor do São Paulo e ex-governador dos paulistas, foi flagrado colocando no bolso uma medalha de campeão da Copinha.

Bola sete. “Fiquei sete meses sem sexo por causa do Corinthians. Não tinha cabeça. Outras prioridades, uma loucura” (do presidente licenciado Andrés Gomes, à revista ‘GQ’ – ô coitado!).

Dúvida pertinente. Flamengo: vale mais um Vagner Love no ataque do que um Thiago Neves no meio-campo?