terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A crise dos 10% de Ganso não podia explodir na semana do Mundial

Não me parece que Paulo Henrique Ganso tivesse obrigação de consultar o Santos para negociar com o grupo DIS os 10% que a ele pertenciam.

Isso pode ter irritado o Santos, mas não é esse o erro de Ganso no caso que fez eclodir uma pequena crise na semana mais importante desde julho, quando o clube decidiu a Libertadores.

O problema é negociar às vésperas do embarque para o Japão.
Não foi ele quem vazou a notícia. No ano inteiro, notícias sobre Ganso apareceram, normalmente vindo de executivos do grupo Sonda, muitas vezes acolhidas pela imprensa embora nenhuma tenha se confirmado.

Que Ganso tinha proposta de 30 milhões de euros da Internazionale. O tempo mostrou que era mentira.
Que o Milan se interessaria em pagar valor acima de 25 milhões de euros. Na época, este blog dizia que o Milan não tinha com bancar esse valor. Mentira de novo.
Que o Paris Saint-Germain faria oferta para levá-lo à França.
O Paris Saint-Germain comprou Javier Pastore, do Palermo.

Uma a uma as histórias caíram, o que fez o presidente do Santos, Luis Álvaro, afirmar que Ganso perdeu perto de 5 milhões de euros desde que recusou a primeira versão do plano de carreira, apresentado no segundo semestre do ano passado.

Em sua relação com o grupo DIS, Ganso está sendo pato.
Mas esse é um problema que cabe ao jogador.
O problema do Santos é administrar a crise.
O grande erro de Ganso é tomar atitude às vésperas da decisão do Mundial.
Se o Santos ganhar os próximos dois jogos, todo mundo lucra, inclusive Ganso.
Se perder e alguém acusar a crise causada pelo meia e pelo Sonda, todo mundo perde. Ganso pode deixar de lucrar mais alguns milhões.