quarta-feira, 19 de outubro de 2011

VÍDEO: Reunião no Palmeiras planeja criar movimento nacional e greve contra torcidas

Uma reunião agenda para as 14h desta terça-feira entre os jogadores do Palmeiras e o Sindicato dos Jogadores Profissionais pode ser o primeiro passo para um movimento contra as agressões de torcedores uniformizados. Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato, vai ao Centro de Treinamento do Palmeiras reunir-se com todos os jogadores. O plano é elaborar um documento em que os atletas informem que não entrarão em campo na próxima agressão de que um deles for vítima. A ideia é construir uma relação com outros sindicatos e nacionalizar o movimento: “Precisamos criar uma cadeia, para se um jogador de qualquer clube receber qualquer tipo de agressão, o campeonato pare”, diz Martorelli. Veja abaixo a íntegra da conversa:

PVC - Onde será a reunião com os jogadores do Palmeiras?
MARTORELLI -
Eu vou à Academia, o Centro de Treinamento do clube. Vou conversar com todos os jogadores.

PVC - E qual é a ideia?
MARTORELLI -
Precisamos tomar duas medidas: 1. Exigir rigor na apuração dos eventos violentos, como a agressão ao jogador João Vítor, semana passada. Precisamos criar ferramentas de cobrança efetiva da Secretaria de Segurança Pública. Termos de ser firmes na primeira, na segunda, na terceira vez, para ver se na quarta vez eles se inibem; 2. precisamos criar também uma posição firme dos atletas em relação a esse tipo de episódio.

PVC - Posição como, por exemplo, negar-se a entrar em campo?
MARTORELLI -
Exatamente. E isso não deve ser apenas com os jogadores do Palmeiras, mas de todos os clubes.

PVC - Você tem conversado com os outros clubes paulistas, já que você é presidente do Sindicato de São Paulo?
MARTORELLI -
Tenho falado, sim. E não apenas com os clubes paulistas, com jogadores de Santos, São Paulo e Corinthians. Nós precisamos conversar e colocar nesse movimento os jogadores de todos os clubes das Séries A e B. Precisamos criar uma cadeia com outros sindicatos, para incluir jogadores de clubes de todos os lugares do Brasil.

PVC - A ideia, então, é, em caso de violência, as rodadas dos Brasileiros das Séries A e B pararem?
MARTORELLI -
É isso o que pretendemos. Veja, os jogadores são ameaçados desde que cresceu esse movimento desse bando de desocupados. Eu também sou. Quando tomo partido, como presidente do Sindicato, de uma ação de um atleta do São Paulo, há são-paulinos que me ameaçam. Quando tomo partido do Kléber, nesse caso contra o Palmeiras, são os palmeirenses que ameaçam. Nós estamos correndo risco, até de morte.

xxx

Rinaldo Martorelli


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