sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Alô, 'Super-Ceni': futebol não é uma ação entre amigos

O capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni saiu atirando para todos os lados depois do empate com sabor de derrota diante de um Cruzeiro absurdamente trôpego.

O soberano São Paulo poderia ter voltado com três pontos de Sete Lagoas e, hoje, estaria repousando na vice-liderança do Brasileirão. Mais: colocaria pressão nos coirmãos que só jogarão no fim de semana.

Nada mais justa, portanto, a bronca de ‘Super-Ceni’, desde que se apresentasse à frente de todos no pelotão de fuzilamento.

Por mais que tente, ele não conseguirá justificar o injustificável num regime profissional: deixar Luís Fabiano cobrar o ridículo pênalti marcado por sua senhoria catarinense, Paulo Godoy Bezerra.

Mais que pensar numa ação entre amigos (“queria que ele marcasse porque lhe daria mais confiança”), o goleiro deveria raciocinar com a frieza dos números. O time perdia por 1 a 0 e a vitória era extremamente importante para o Tricolor continuar na briga pelo caneco.

Está certo, ‘Super-Ceni’ também poderia consagrar o cruzeirense Fábio, já que pênalti não é garantia de gol. Mas além de ser o cobrador oficial, ele é um dos poucos que sabem bater como ninguém em uma bola. E Fábio sabe muito bem disso, já que é a maior vítima do artilheiro são-paulino: tomou seis gols.

A atitude do capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni poderia ter custado muito caro ao São Paulo se a Raposa não estivesse moribunda, mesmo porque ele falhou no segundo gol dos mineiros.

Na prova dos nove, o pênalti desperdiçado acabou fazendo falta. Por enquanto, há apenas o risco de o Tricolor cair para a quinta colocação se Botafogo e Fluminense vencerem.

Já no final da maratona do Brasileirão, a ação entre amigos poderá se transformar na alegria dos coirmãos amigos da onça.
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Pica-Pau. Não basta ser pai, tem de participar. Que o diga o atacante Dagoberto, do São Paulo. ‘Seu’ José e dona Adelires Pelentier abriram o jogo na cidade de Dois Vizinhos, no Paraná: o filho está torcendo mais que apostador à espera da Mega Sena para acertar com o Internacional. Mamãe Adelires disse ao jornal ‘Zero Hora’ que a família está entusiasmada, já que o Colorado é o time de coração do marido. O acordo com o Tricolor vai até 18 de abril de 2012, mas daqui a duas semanas Dagoberto já poderá assinar um pré-contrato com outro clube. Dificilmente ele permanecerá no Morumbi, pois deseja faturar o mesmo que Rogério Ceni e Luís Fabiano – cerca de R$ 300 mil.

Sugismundo Freud. Meia-verdade, uma mentira por inteiro.

Túnel do tempo. Vale a lembrança: por absoluto chapéu na mão, os periquitos em revista deixaram de contratar Ronaldinho Gaucho, Leo Moura, Júnior Cesar, Rafael Moura, Elkison e Rhodolfo. E, hoje, o time é forte candidato a um lugar na MMA: não joga nada, só luta. E olhe lá!

Zapping. A bola do ibope global voltou a murchar depois de atingir 30 pontos com o clássico São Paulo x Corinthians. A transmissão de Cruzeiro x São Paulo rendeu à plim-plim 21 pontos de média na Grande Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada. A Band obteve sete pontos.

Twitface. Santos, três derrotas consecutivas no Brasileirão: do sonho da tríplice coroa à ameaça de caldeirada de sururu.

Pão de queijo. O Polvo Mineiro já fez suas previsões para o Brasileirão, de acordo com o aquário do internauta Paulo Sérgio. Os quatro times que serão rebaixados terminam com a letra i: o Avaí e os três daqui. Desce o pano!

Gilete press. De Sonia Racy, no ‘Estadão’: “Felipão nega possível transferência para o Morumbi em 2012: ‘Já me colocaram no Cruzeiro, no Corinthians e, agora, tenho pré-contrato com o São Paulo. Mais uma piada de mau gosto’. É. O tempo será o senhor da razão.” Pinóquio à vista?

Tiro curto. O hermano Juan Sebastian Verón, ídolo do Estudiantes, acertou na vassoura. ‘La Brujita’ vai se aposentar em 30 de outubro, véspera do Halloween.

Tititi d’Aline. Entre uma tacada e outra no golfe, o fofo Ronaldo faz o meio de campo entre o Circo Brasileiro de Futebol e uma empresa que deseja patrocinar o Mano dos manos.

Você sabia que... Ronaldinho Gaúcho não marca um gol pela amarelinha desbotada há 11 jogos, desde outubro de 2007, contra o Equador?

Bola de ouro. Steve Jobs. Simplesmente um gênio. O cara!

Bola de latão. Pinheirão. Ninguém se aventurou no leilão do estádio. O lance inicial era de R$ 66 milhões. O martelo deve descer no dia 20, já que o valor cairá pela metade. O campo é da FPF.

Bola de lixo. Corte Arbitral do Esporte. O tribunal considerou inválida uma regra do COI no combate ao doping. Ela proibia a participação na Olimpíada de Londres, em 2012, de atletas suspensos por seis meses ou mais.

Bola sete. “Pessoas do bem torcem por mim, pelo Luís Fabiano e pelo Adriano. Sabem que nenhum jogador gosta de ficar parado. Mas é uma minoria. Quando as coisas ruins aparecem, essa minoria sai do armário” (do gajo Deco, sobre as críticas da torcida e da mídia por ficar muito tempo de chinelinho nas Laranjeiras).

Dúvida pertinente. O que é mais importante: ser a maior torcida do país ou a mais civilizada?