terça-feira, 9 de agosto de 2011

Galo, uma lição de estabilidade no Brasileirão: Cuca, apenas o 19º

E o Galo vai muito bem, obrigado. De bico quebrado, sem espora, sem pena e sem rumo, graças ao incansável, interminável e absolutamente dispensável presidente-tuiteiro Alexandre Kalil.

Como se não bastasse gastar algo em torno de R$ 20 milhões em reforços para montar um ataque sem defesa, praticamente o dobro do que o clube faturou com a venda de Diego Tardelli, o mandachuva, trovoadas e muito mais também resolveu entrar na dança dos treinadores.

Esquecendo-se que havia contratado por baciada (19 atletas) e não por um mínimo de coerência, torrando mais de R$ 28 milhões nesta temporada, Kalil mandou Dorival Júnior para o espaço e acertou com mestre Cuca. Que, há 50 dias, deixou a cozinha do coirmão Cruzeiro de cabeça para o ar, na zona do agrião queimado.

Desde o início da era de pontos corridos no Brasileirão, o Galo já colocou para sambar 18 ‘professores’:

2003: Celso Roth e Marcelo Oliveira
2004: Paulo Bonamigo, Jair Picerni, Mário Sérgio e Procópio Cardoso
2005: Procópio Cardoso, Tite e Lori Sandri
2006: Lori Sandri e Levir Culpi
2007: Levir Culpi, Zetti e Emerson Leão
2008: Geninho, Alexandre Gallo e Marcelo Oliveira
2009: Emerson Leão, Celso Roth e Vanderlei Luxemburgo
2010: Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior
2011: Dorival Júnior e Cuca
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Pica-Pau. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser interessante. Sob a alegação de que não tinha mínimas condições psicológicas por conta do bafafá com a torcida, Fred ‘Slater’ colocou o Fluminense para escanteio. E ficou de papo para o ar, com um belo chinelinho nos pés, contra Internacional e América. O mesmo abalado Fred foi um dos primeiros a se apresentar para defender a seleção no amistoso contra a Alemanha. Das duas, uma: ou a amarelinha anda tão desbotada que não vale nada, ou aí tem.

‘Twitface’. Ninguém aguenta mais o ‘DIS que não DIS’ sobre o futuro de Ganso.

No paredão. O tempo corre, a folhinha dispara e os periquitos em revista entram em pânico: dia 15 está aí, e o clube precisa pagar uma dívida de R$ 20 milhões ao Banco Banif, produto da contratação de Valdivia. O Palmeiras não tem um centavo e deseja negociar um parcelamento, mesmo com os juros no cume do Himalaia. O chileno é mais uma herança da gestão sem gestão do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Os árabes do Al-Ain estão rindo à toa.

Sugismundo Freud. Só a vela morre de pé.

Zapping. O ibope global voltou a patinar no Brasileirão. O duelo entre o Furacão e o Corinthians rendeu 18 pontos de média na Grande São Paulo, três a menos que Avaí x Corinthians, uma semana atrás. Na Band, cravou oito. A pior audiência dominical neste ano pertence a Atlético/GO x Corinthians, com 15.

Tiro curto. Nem Lugano, nem Coates, nem Breno. A fera para a zaga é João Filipe, 21 anos, ex-Botafogo. O soberano Tricolor é mesmo diferenciado.

Filé na chapa. O papo corre solto pelo Guaíba. O treinador Celso Roth deverá receber R$ 240 mil por mês no Grêmio, R$ 110 mil a menos do que embolsava nos tempos de Internacional. Poderá fazer uma bela compra no supermercado. Que ficará muito mais sofisticada nas festas de final de ano se o Imortal chegar ao título. Roth embolsará um bônus de R$ 800 mil. Se for vice, R$ 700 mil.

Tela quente. O diretor de cinema Fernando ‘Spielberg’ Carvalho vai engrossar o DVD contra as arbitragens com o apito amigo de Wilton Pereira Sampaio na vitória do Colorado sobre o Cruzeiro?

Gilete press. De Xico Sá, colunista da ‘Folha’: “A maior televisão do país fala de corrupção todo dia, mas não toca no nome dele (...). Esconde tudo contra o homem.” Uma dica: não é o João Sorrisão.

A vida é bela. Alguns atletas são especialistas em queixas contra o Brasil Olímpico. Mesmo sabendo que o esporte contará com uma irrisória verba do governo em 2011 (mais de R$ 1,7 bilhão), eles vivem reclamando. A pernambucana Yane Marques, por exemplo, espera por um patrocínio só porque disputará o pentatlo nos Jogos de Londres. Sobrevive com o soldo do Exército. Já Diogo Hypolito acha que deveria ser recompensado pelos serviços prestados à pobre confederação de ginástica, que embolsará R$ 18,5 milhões neste ano.

Tititi d’Aline. Só faltava essa: o urubu tem o ‘bonde do Mengão sem freio’, os vascaínos festejam o ‘trem-bala da Colina’ e os tricolores, o ‘bonde do saquê’.

Você sabia que... o Santos vai pagar R$ 16 milhões em direitos de imagem aos atletas, mais R$ 9,5 milhões de salários e encargos, entre julho e dezembro?

Bola de ouro. Zico. O Galinho elabora um site para que os atletas sem clube possam colocar seu currículo, ficar na vitrine, livrando-se dos empresários.

Bola de latão. Palmeiras. É incrível como os cartolas adoram jogar contra os periquitos de Felipão.

Bola de lixo. Dennis Hallman. O lutador de MMA usou um short tão curto que seu bilau apareceu no combate contra Brian Ebersole. O presidente do UFC, Dana White, já decretou o fim das sunguinhas.

Bola sete. “Vamos todos cantar no Engenhão/Tomei de quatro do Fogão/E quem mandou ter nome de português?/Vasco da Gama teu destino é ser freguês” (do ‘Casseta’ Hubert, botafoguense desde bebezinho, em nova versão do hino vascaíno).

Dúvida pertinente. Fred ‘Slater vai oferecer o gol à torcida do Fluminense se marcar pela seleção no amistoso contra a Alemanha?