quinta-feira, 21 de julho de 2011

Corinthians, uma liderança mais folgada que calça de palhaço

Três jogos, 270 minutos e apenas dois gols. As cortinas no fechamento da 10ª rodada do Brasileirão só não ficaram a meio pau de sebo porque o invicto Corinthians voltou a mostrar uma bola solidária, sem tico-tico no fubá.

O time não provoca suspiros como o casal Brad Pitt/Angelina Jolie, mas faz o suficiente para deixar um bando de loucos enlouquecido nas arquibancadas, com nove vitórias, um empate e uma liderança mais folgada que calça de palhaço ou cama de viúva.

Em uma casa emprestada, São Januário, a Fiel comemorou 19 partidas sem perder em Brasileiros – a última derrota aconteceu para o Vasco (2 a 0), em 13 de outubro, no teto do coirmão.

Liedson e Paulinho derrubaram o Botafogo em um gramado maquiado com areia e tinta verde, mas que não pôde esconder a superioridade de uma equipe mais organizada, forte na marcação e nos contra-ataques.

Já num Pacaembu com 33.575 pagantes (R$ 977.922 de renda), Palmeiras e Flamengo brilharam como lua em eclipse e ficaram no zero. Muita vontade e pouca competência.

Tanto que o clima só esquentou no final da partida. Kleber, o periquito gladiador, deu uma solene banana para o ‘fair play’ e provocou o maior auê, já que os rubro-negros esperavam pela devolução da bola. O arbitro linha-dura Leandro Vuaden entrou em ação e... nada fez.

No Orlando Scarpelli, em Florianópolis, as emoções também ficaram para o final da partida, quando o goleiro Marcelo Grohe pegou um pênalti e salvou o Grêmio da derrota diante do Figueirense – um 0 a 0 nota 10 em caneladas.

Mudando de cancha... Não tem mais bobo correndo atrás da gorduchinha: as zebras Uruguai e Paraguai decidirão a Copa América. Os uruguaios colocaram o Peru para fora, enquanto os paraguaios tomaram porre de ‘Vinho Tinto’.
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O astro. A milionária e inigualável contratação furada de Carlitos Tevez mudou drasticamente o conceito do presidente da nova-velha diretoria do Corinthians, o rei do sorriso Andrés Sanchez, no mundo das chuteiras de bico quadrado. Ele agora ganhou o status de o mais brilhante contador de histórias da carochinha, mais precisamente prosopopeia flácida para acalentar bovinos – conhecida pela intelectualidade como conversa mole para boi dormir. Que o diga a Fiel!

Sugismundo Freud. É mais fácil pegar um mentiroso do que um perna-de-pau.

PAC 1. O ‘Plano de Aceleração da Copa-2014’ informa ao sempre robusto e esfolado contribuinte: houve um pequeno mal-entendido no preço do Fielzão. O orçamento de R$ 820 milhões, propalado aos quatro ventos, servirá apenas para acomodar 48 mil fiéis. Se a Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada desejar abrigar o jogo de abertura e os convidados da mamãe Fifa, o governo estadual terá de investir mais uma ninharia de R$ 70 milhões, já que o estádio terá de acomodar 68 mil pessoas. Pequena lembrancinha: Geraldo Alckmin havia jurado que não colocaria um tostão. De fato, só... milhões.

PAC 2. Com um banquete aos operários de fazer inveja ao Palácio de Buckingham, o governo mineiro e o consórcio Minas Arena comemoraram 200 dias de obras no Mineirão. Ao som do Forró Balance, os trabalhadores degustaram frango caipira, milho, angu, abobrinha, quiabo, arroz, feijão, salada e canjica. O vice-governador Alberto Pinto Coelho aproveitou a claque, paramentada com chapéu de palha, para garantir que a arena será entregue no final de 2012, razão pela qual deverá receber o jogo de abertura. A Copa é deles, a conta é nossa.

‘Twitface’. A União Internacional Protetora dos Animais pensa seriamente em processar os organizadores da Copa América: Júlio ‘Frango’ César, Ganso, Pato, Tico-Tico Neymar, Canarinhos e Peru foram abatidos sumariamente.

Boleadeira. O esporte bretão anda mesmo retumbante. Discute-se à beira do Guaíba, entre um doce chimarrão e uma sardinha em lata, a criatividade colorada para tentar tirar Dorival Jr. do Galo. O Internacional pagaria a multa rescisória de R$ 1,5 milhão e, com o capim gordura, o time mineiro poderia quitar uma velha dívida com Celso Roth. Régua passada, o Galo convidaria o ex-credor a assumir o comando do time. Resta apenas um pequeno detalhe: o presidente-tuiteiro Alexandre Kalil referendar a ideia gaúcha.

Happy birthday. Baciada no Fluminense, em comemoração ao início das festividades de 109 anos: o atacante Rafael Sobis e os argentinos Martinuccio e Lanzini. A torcida agora aguarda ansiosa pela cereja do bolo nas Laranjeiras.

Gilete press. De Thiago Rocha, no ‘Lance’: “Tem algo mais ridículo do que o boneco inflável que ganhou vida [na Globo], o tal João Sorrisão? Como até os gols do Brasileirão precisam da bênção do João-bobo, sugiro o nascimento do João Seleção. Boneco meio murcho, que não sabe bater pênaltis e coloca a culpa no gramado, fazendo de bobo quem não merece: o torcedor.” Na cal.

Tititi d’Aline. Pouca gente ficou sabendo, por isso vale o registro: o ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo e o credor Edmundo comemoraram com um belo café amargo e pão velho o Dia do Amigo.

Você sabia que... o inglês David Beckham alugou a choupana do diretor Steven Spielberga, em Malibu, por R$ 250 mil mensais – ela tem apenas sete quartos?

Bola de ouro. www.foraricardoteixeira.com.br. É a nova casa do rei da bola. Ela abrigará todos os elogios que saírem no Twitter, Facebook e outras redes sociais. Com a hashtag #ForaRicardoTeixeira, entrará automaticamente no site.

Bola de latão. Palmeiras. Depois de Thiago Neves em um passado recente, os periquitos em revista tomaram mais um chapéu do Fluminense. Perderam o meia Martinuccio para o coirmão carioca.

Bola de lixo. Iguaçu. Por saldo zero na conta bancária há um bom tempo, os jogadores da equipe de União da Vitória entraram em greve e o duelo contra o Grêmio Metropolitano, pela segundona paranaense, sambou. O técnico Alemão, ex-jogador da seleção, já havia jogado a toalha.

Bola sete. “Jogador brasileiro só quer aparecer na TV. Eles deram um chute no saco da torcida. Deviam ter levado a seleção feminina. Porque elas gastam menos tempo no salão” (de José Simão, na ‘Folha’ – é, pode ser).

Dúvida pertinente. Lei garante R$ 420 milhões ao Fielzão: ‘A gente somos inúteu’?