quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Santos entre o conforto e a política para escolher o palco da final

Santos consultou o São Paulo sobre realizar os jogos das semifinais e finais da Libertadores no Morumbi antes de estar entre os quatro melhores da competição. A dúvida era a mesma de hoje: "Vamos ponderar tudo. No Pacaembu, podemos fazer uma pressão maior sobre o adversário. No Morumbi, podemos dar espaço para que mais santistas assistam à partida", disse o presidente Luis Álvaro, à rádio Estadão ESPN, minutos depois da classificação confirmada.

O Santos considera exatamente essas duas questões. Mas há uma terceira.
Desde antes da semifinal, o presidente da Federação Paulista, Marco Pólo Del Nero, tem feito pressões políticas para que a decisão vá para o Pacaembu.

A situação é exatamente a mesma da semifinal do Paulistão, entre Palmeiras e Corinthians. O Palmeiras considerou a hipótese de levar o clássico para o Morumbi. Corinthians e Federação Paulista defenderam o interesse da CBF. E esse é que o Morumbi saia de cena. Que não receba partidas importantes, maneira de evitar a evidência de que o estádio está apto para receber os jogos mais importantes do país.

Em sua edição desta quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo mostra, em matéria de Jamil Chade, que é a CBF, e não a Fifa, quem cria dificuldades para a capital paulista ter jogos importantes da Copa do Mundo de 2014. Chade indica que os problemas da CBF com o partido que governa o estado são a raiz do problema. Em relação ao Morumbi, há também os problemas políticos com o São Paulo.

É o Santos quem vai decidir se a decisão da Libertadores acontecerá no Pacaembu ou no Morumbi. Mas receberá pressão política para que a decisão vá para o estádio Municipal.


xxxxxx