terça-feira, 28 de junho de 2011

Branca de Neve, urgente: seleção renovada com seis anões de Dunga

Uma felpuda e linguaruda raposa, com bom trânsito na concentração brasileira em Los Cardales, na Argentina, apurou que o Mano dos manos já tem o time para estrear na Copa América, contra a Venezuela, neste domingo, com transmissão pela ESPN Brasil.

Se nada acontecer de extraordinário nos treinamentos, a amarelinha desbotada entrará em campo com Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Ganso; Robinho, Neymar e Pato.

O treinador e o rei da bola, o carismático Ricardo Teixeira, cumprirão assim a promessa de que haveria uma profunda reformulação após o fracasso dos anões de Dunga no safári africano.

Somente seis atletas (50% mais um) são remanescentes da brilhante e alaranjada Copa de 2010: Júlio César, Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva, Ramires e Robinho.

Se precisar descobrir o caminho da floresta encantada, Mano terá no banco mais três opções da inesquecível campanha: Maicon, Luisão e Elano.

‘Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou... ‘
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Pica-Pau. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser interessante a rasgação de seda do técnico Tite a Danilo: “Ele está jogando muito. É um baita profissional.” Elogios mais que merecidos, já que Danilo vem gastando as chuteiras. Só não dá para entender por que o jogador esquentou por tanto tempo o bumbum no banco, chegando, às vezes, a ser a quarta opção de Tite.

Sugismundo Freud. Pai impertinente, filho desobediente.

A vida é bela. O Corinthians entrou para valer na vida das luvas de Rogério Ceni. Primeiro, ao ser contemplado com o centésimo gol do capitão são-paulino, em jogo do Paulistinha. Três meses depois, pelo Brasileirão, ele festeja a maior goleada na carreira, com direito a cocoricó. Pela sétima vez, RC tomou cinco gols em um jogo, mas jamais o Tricolor havia deixado de marcar pelo menos um. Há 10 anos, o São Paulo levou uma chinelada de 7 a 1 do Vasco, mas RC jogou apenas 10 minutos. Tomou um vermelho e deixou a glória para Alencar.

Zapping. Depois da festa, volta à realidade: Ceará x Palmeiras, pelo Brasileirão, rendeu 20 pontos no ibope global, 18 a menos que a decisão Santos x Peñarol, pela Libertadores (melhor marca esportiva em 2011). A Band obteve oito pontos. A audiência da plim-plim no campeonato nacional tem variado entre 18 e 24 pontos. Cada ponto equivale a 58.300 domicílios na Grande São Paulo.

‘Twitface’. Com um ponto em seis jogos, o Avaí lidera a tabela dos candidatos a um mergulho na bacia das almas: 91,8% de chances de cair. De acordo com a matemática do site ‘Chance de Gol’, o Coelho mineiro vem a seguir, com 87,4%, à frente do Furacão (68%), Ceará (38%), Bahia (41,4%) e Atlético/GO (28,5%).

PAC. O ‘Plano de Aceleração da Copa-2014’ informa ao heróico e esfolado contribuinte: a grande festa da bola e dos cartolas ainda está em banho-maria. Pesquisa da revista ‘Exame’ indicou que 38% dos brasileiros consideram o clima ainda ‘morno’, enquanto para 34% está ‘gelado, frio ou muito frio’. Apenas 26% avaliam como ‘quente, muito quente ou fervendo’ – provavelmente, a maior parte é de empreiteiros e/ou dirigentes do Circo Brasileiro de Futebol e da mamãe Fifa. O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios.

Fermento. O centroavante Gilberto distribui sorrisos até em rua inundada. Em pouco mais de cinco meses, seu salário cresceu mais que dívida de aposentado: passou de R$ 3 mil (Santa Cruz) para R$ 70 mil (Internacional).

Gilete press. De Otávio Cabral, na ‘Veja’: “Cinco clubes já procuraram Luís Álvaro [presidente] dispostos a pagar a multa de 45 milhões de euros que prende Neymar ao Santos. Quatro estão entre os principais do continente europeu: Real Madrid, Barcelona, Chelsea e Manchester City. O outro vem do emergente futebol russo: o Anzhi, que já conta com Roberto Carlos e Tardelli.”. Bye bye Brazil?

Raquetada. A chinesa Na Li abriu os olhos do mercado publicitário. A campeã de Roland Garros já tem cinco patrocinadores. Embolsa US$ 10 milhões/ano. Perde apenas para a musa russa Maria Sharapova (US$ 25 milhões).

Tititi d’Aline. Quem pode, pode. Quem não pode, fica com raiva e vira a página: o personal stylist do garoto Neymar é Ricardo Almeida, bambambã do dedal e linha em roupas masculinas.

Você sabia que... o Santander, como principal patrocinador, investiu US$ 30 milhões na Libertadores-2011?

Bola de ouro. Independente. O clube de Tucuruí ganhou o título paraense. Pela primeira vez, em 99 edições do torneio, a taça vai repousar no interior.

Bola de latão. Engenhão. A pérola do Pan (demônio) negou fogo, ou melhor, luz pela terceira vez. A conservação do estádio, aliás, é um acinte.

Bola de lixo. Bandidos do River. Os vândalos provocaram cenas lamentáveis após o rebaixamento do time. Até os povos bárbaros ficariam envergonhados.

Bola sete. “A seleção depende menos do Neymar do que o Santos. Aqui, temos outros grandes valores. Ele não é única solução” (de Mano Menezes, analisando Neymar e mais 10 – a conferir).

Dúvida pertinente. Por que o capitão Rogério Ceni se nega a dar entrevista quando o barco tricolor naufraga?