segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O poder da virada em um clássico já cria mal estar no Palmeiras

A primeira mensagem do celular, na manhã de segunda-feira, diz assim:
"Felipão foi muito infeliz em dizer que não queria prejudicar o Tite!"

O colega palmeirense deve pensar isso desde sexta-feira. Naquele dia, o técnico não disse que desejava perder o jogo. Perguntado se perderia o jogo para ajudar Tite, respondeu que, se o emprego de Tite dependesse do resultado do clássico, preferia até perder o jogo para salvar o amigo.

A tentativa de Felipão era fazer um alerta sobre a vida de treinador, que vai do céu ao inferno num dia.
E, além disso, a importância da vitória para o Palmeiras era tanta que a derrota não tirou da liderança.

Mas...
Mas criou instabilidade.

No Corinthians, ao contrário, a vitória e a chegada de William, novo diretor de futebol, devolvem a paz momentânea. É verdade que qualquer tropeço num clássico paulista ou mesmo a perda do título, daqui a três meses, provocarão novos problemas e possivelmente a saída de Tite. Mas a semana não será marcada por manifestações no Centro de Treinamento. Seria em caso de derrota para o rival.

Incrível como os anos passam, a importância dos clássicos em campeonatos estaduais parece diminuir, mas seu efeito segue o mesmo. Turbulência para quem perde. Paciência com quem ganha.

Você acha que Felipão errou ao falar sobre Tite, na sexta-feira?