segunda-feira, 25 de abril de 2016

Futuro diretor da Wada: 'Sharapova admitiu o uso'

Londres (Inglaterra) - Próximo diretor geral da Wada (Agência Mundial Antidoping), Oliver Niggli irá assumir o cargo no dia 1 de julho de 2016. Em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, ele comentou a série de casos envolvendo o meldonium e falou sobre a questão vivida pela russa Maria Sharapova.
"O produto, proibido a partir do dia 1 de janeiro, será considerado doping de qualquer maneira. Mas há certa controvérsia causada pelo fato de a ciência não ter estabelecido por quanto tempo a substância permanece no corpo", explicou Niggli, em alusão à possibilidade dos atletas pegos com meldonium passarem incólumes a punições. 
Cerca de dez dias atrás, a Wada divulgou um texto no qual mostra que há falta de evidência científica sobre quanto tempo a substância, que passou a ser proibida em primeiro de janeiro, permanece no organismo do atleta. "Laboratórios em Colônia e Lausanne seguem os estudos e em alguns meses teremos os resultados", afirmou o próximo diretor da Wada.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de Sharapova ser inocentada, uma vez que esta incerteza sobre a excreção do meldonium pode beneficiar aqueles que foram pegos, e assim disputar Wimbledon e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Niggli não foi tão otimista quanto os faz da russa. 
"Não sou eu quem decide isso. A Federação Internacional de Tênis (ITF) é a responsável por esta decisão. Mas ela (Sharapova) admitiu que seguiu usando a substância mesmo depois do dia 1 de janeiro. Além disso, a concentração da droga em seu sangue ficará bem clara com os testes feitos", comentou o futuro diretor da entidade que controla o doping no mundo.