Os jogadores do Palmeiras fizeram reunião em São Paulo, antes da viagem para a concentração de cinco dias em Atibaia. Das questões discutidas, uma foi a maneira como o time precisa jogar contra o Santos na final da Copa do Brasil.
É óbvio que o Santos é o favorito contra o Palmeiras.
Esse não foi o ponto mais discutido, mas a maneira como fazer o time de Marcelo Oliveira jogar finalmente de maneira convincente. É sua única chance.
Entre os jogadores, é consenso que não pode haver um sistema tático tão aberto como o Palmeiras tem apresentado. Não com um armador aberto por cada uma das pontas e mais um atacante. Não contra o Santos.
Robinho tem o melhor argumento. Ele não gosta da ideia de jogar como se fosse um ponta direita.
Embora esta não seja exatamente esta a sua função, Robinho arma o jogo pelo lado do campo, marca o lateral adversário e dali começa a construção das jogadas.
Contra o Fluminense, nas semifinais da Copa do Brasil, única vitória palmeirense nos últimos cinco jogos, a bola só parou no meio-de-campo enquanto Robinho esteve em campo. Quando saiu, o meia centralizado, Dudu, passou a oferecer um único ritmo para o jogo. Só contra-ataque.
O favoritismo do Santos é evidente, mas o adiamento da decisão cria um ingrediente novo. Há quem não entenda quando se fala sobre isso.
O Santos será tão favorito nas finais dos dias 25 de novembro e 2 de dezembro, quanto seria se a primeira partida acontecesse em 4 de novembro, como estava previamente marcada.
Mas os 20 dias dão chances para o inesperado –e também para o esperado. Espera-se a recuperação de Arouca, bom reforço palmeirense. Não se espera uma lesão de um santista. Mas o inesperado pode aparecer.
Também pode acontecer de os cinco dias do Palmeiras em Atibaia, depois de conversar a respeito dos problemas evidentes da equipe, melhorarem o desempenho e aumentarem o equilíbrio da decisão.
Hoje, o Santos é mais rápido e alterna o ritmo das partidas, Lucas Lima organiza e ataca, Gabriel e Marquinhos Gabriel se juntam a Ricardo Oliveira com fúria ofensiva.
O Palmeiras abusa dos lançamentos longos, dos contra-ataques rápidos com a velocidade de Dudu e dos erros de passes. Mas já entendeu que só existe uma hipótese de vencer a Copa do Brasil: mudar.
Houve cinco jogos entre Palmeiras e Santos neste ano, com três vitórias santistas e duas palmeirenses, todas por um gol de diferença. Todas equilibradas.
Quando o ano começou, o Santos era o time que tinha dívidas com floricultura e parecia condenado a brigar contra o rebaixamento. O vice de futebol, Dagoberto dos Santos, montou o novo time discretamente. Em novembro, o Santos é o único clube com chance de ter duas taças no ano –Campeonato Paulista e Copa do Brasil.
O Santos também tem certeza de que não perderá Lucas Lima antes da Libertadores e poderá ter o meia como arma para conquistar o quarto título continental. Tudo isso é prova de uma temporada bem feita.
O Palmeiras foi o inverso. Foi agressivo no mercado, usou e abusou da ousadia do diretor de futebol, Alexandre Mattos, e fez muito barulho porque sabia da necessidade de voltar a ser campeão.
Hoje, é o time do quase.
Na reunião de quarta-feira passada, os jogadores mostraram saber qual será a gravidade, se isso acontecer. Há nove dias para mudar o rumo da decisão.
O CENTROAVANTE
Mano Menezes aprendeu em dois anos de seleção que jogar com centroavante contra as melhores seleções da atualidade significa abrir mão de alguém que participa da partida. A saída de Ricardo Oliveira e o gol de Lucas Lima reforçam essa tese.
Mano Menezes aprendeu em dois anos de seleção que jogar com centroavante contra as melhores seleções da atualidade significa abrir mão de alguém que participa da partida. A saída de Ricardo Oliveira e o gol de Lucas Lima reforçam essa tese.
O CLÁSSICO
Messi continua sua recuperação e deve jogar contra o Real Madrid. O maior jogo do planeta também terá Neymar, de azul e grená, e Cristiano vestido de branco. Hoje, tem paz com a torcida no Barça. E a torcida desconfiada de Rafa Benítez, em Madri.
Messi continua sua recuperação e deve jogar contra o Real Madrid. O maior jogo do planeta também terá Neymar, de azul e grená, e Cristiano vestido de branco. Hoje, tem paz com a torcida no Barça. E a torcida desconfiada de Rafa Benítez, em Madri.