quinta-feira, 12 de novembro de 2015

No debate do Flamengo, candidatos ficam devendo no que mais importa ao torcedor

No debate entre os três candidatos à presidência do Flamengo, quarta-feira, no Bate-Bola na Veia da ESPN Brasil, os três saíram perdendo no tema mais relevante para o triênio 2016-2018. Eduardo Bandeira de Mello (chapa azul, buscando a reeleição), Walim Vasconcellos (verde, dissidência e ex-vice na atual administração) e Cacau Cotta (branca, vice-presidente quando Patrícia Amorim estava no poder) não convenceram quando o assunto foi o futebol.
Falando sobre quem será o técnico capaz de montar um time competitivo de fato, respostas vagas e nada convincentes. Bandeira disse que Oswaldo de Oliveira é o seu treinador para a temporada que virá. E demonstrou a mesma convicção que o clube teve quando foi buscar seus quatro últimos técnicos (Ney Franco, Vanderlei Luxemburgo, Cristóvão Borges e o próprio Oswaldo), ou seja, nenhuma. Parecia uma declaração meramente protocolar.
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Cacau tentou ser direto e acabou assustando ao afirmar que Jayme de Almeida e Andrade formariam sua dupla de treinadores. Campeões nos dois últimos títulos de âmbito nacional do clube, ambos não demonstraram condições de prosseguir meses depois. Personagens históricos do Flamengo, merecem todo respeito e reverência, mas no futebol competitivo de hoje, claramente não são as pessoas certas para a função.
Wallim Vasconcellos, que foi vice de futebol no mandato de Bandeira, sinalizou que poderá ser um estrangeiro, mas ficou claro que ainda não tem um nome. Se muitos brasileiros não convencem, e isso é evidente, poderia ter apresentado plano concreto. Algo como procurar Jorge Sampaoli e se ouvir não (o mais provável no momento), relatar a tentativa e chegar ao debate com um nome. Diego Aguirre, por exemplo.
O Flamengo não poderá deixar de pagar suas dívidas. Não só pelos compromissos assumindos quando aderiu ao Profut, mas também pela lei de responsabilidade fiscal do clube, em vigor desde abril, E pela cobrança dos rubro-negros, que compreenderam esses anos de cinto apertado para colocar a casa em ordem. Com o trem andando bem, é óbvio que não querem vê-lo descarrilar. Há o desejo de que sigam o caminho e grande repulsa pela volta de velhos personagens que criaram a monstruosa dívida.
Enfim a torcida espera ver um time de futebol competitivo. Que avance a cada temporada, tenha futuro, planejamento, consistência. Por que de nada terá adiantado a boa atuação política-econômica-administrativa se no campo as coisas seguirem como estão. Falta estrutura para os profissionais e também no comando do futebol, infestado por corneteiros de toda ordem que só atrapalham. E no debate nenhum dos três candidatos conseguiu ser convincente no quesito fundamental. 
 
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Debate entre os candidatos à presidência do Flamengo - Parte 1
 
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Debate entre os candidatos à presidência do Flamengo - Parte 2
 
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Debate entre os candidatos à presidência do Flamengo - Parte 3
 
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Debate entre os candidatos à presidência do Flamengo - Parte 4
 
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Debate entre os candidatos à presidência do Flamengo - Parte 5