quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Excesso de lesões faz Wozniacki repensar agenda

Zhuhai (China) - Depois de sete temporadas seguidas terminando entre as 10 primeiras do ranking da WTA, Caroline Wozniacki encerra 2015 apenas na 17ª posição. Ainda que permaneça no top 20, a ex-número 1 do mundo tem seu segundo pior ranking em oito anos e traça planos para recuperar seu lugar entre as melhores.

A tenista de 25 anos esteve em 24 torneios na temporada, o que poderia ser comum para ela alguns anos atrás, mas isso muda de figura após lesões no punho, perna e joelho esquerdos, além de uma nas costas. O saldo das várias lesões foram teve três desistências ao longo do ano e a prioridade as competições maiores na próxima temporada.

"Da forma como o ranking é feito, se você for bem nos grandes torneios basta fazer mais um ou dois bons resultados e você vai estar entre as primeiras do ranking", disse Wozniacki, em entrevista ao site da WTA concedida durante o torneio de Zhuhai na última semana.

"É o que eu pretendo para o próximo ano. Obviamente, eu quero ganhar tudo, mas quero chegar ao ápice nos momentos certos", completou a dinamarquesa que venceu 39 partidas em 2015 e perdeu 23. "Às vezes é difícil dizer 'chega' e dar o seu corpo tempo de descanso".

Se em 2014, Wozniacki fez um grande segundo semestre ao chegar à decisão do US Open e à semifinal do WTA Finals com campanha invicta na primeira fase, o ano de 2015 foi de poucas alegrias para ela em jogos importantes.  O único título veio em Kuala Lumpur, onde a adversária mais bem colocada era 81ª do mundo, e ela só conseguiu quatro vitórias diante de top 10.

"Eu acho que quanto mais velha fico, mais eu preciso perceber que eu não posso simplesmente jogar quando eu não estou 100%, porque só vai piorar as coisas", explica Wozniacki, que já integrou o Conselho de jogadoras da WTA. "É diferente de quando eu era mais jovem. Eu sentia um pouco de dor aqui ou ali e ela iria embora assim (estala os dedos). Isso não acontece mais. Acho que eu preciso pensar nisso".

"O próximo ano é bem longo com os quatro Slam e os Jogos Olímpicos. É um ano que eu quero jogar muito bem. Eu só preciso recuperar o fôlego no momento", comentou a ex-número 1 do mundo. "Agora na minha cabeça há muita frustração e desapontamento, mas sei quando estou saudável eu posso jogar no mais alto nível".