Não será dessa vez que a Fifa terá um novo presidente brasileiro.
O ex-jogador e agora treinador Zico não conseguiu o apoio de cinco federações nacionais para se inscrever a tempo na eleição para a presidência da entidade, que está marcada para 26 de fevereiro de 2016.
O prazo se encerra às 21h de Brasília desta segunda (26), mas o brasileiro já jogou a toalha – o carioca João Havelange comandou a Fifa de 1974 a 1998.
Zico lançou o nome após o atual presidente Joseph Blatter anunciar que renunciaria e haveria novas eleições após casos de corrupção de cartolas da Fifa virem à tona – sete dirigentes estão presos na Suíça, entre eles o brasileira José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Pela regra da eleição da Fifa é preciso ter o apoio de cinco federações nacionais para poder se candidatar. Primeiro ele focou em associações de países onde jogou ou treinou, como Japão, Turquia e Índia.
Sem acerto, passou a focar em federações menores, da África. Três haviam dado certeza, via email, que apoiariam, e outras oito negociavam, mas não se chegou as cinco.
A CBF, após encontro realizado em julho, avisou que daria sua assinatura, desde que Zico conseguisse outras quatro federações. A Folha apurou que o presidente Marco Polo Del Nero nunca foi fã da pré-candidatura, já que Zico sempre foi um crítico da CBF.
Rafael Ribeiro/CBF | ||
Zico (esq.) cumprimenta Marco Polo Del Nero, presidente da CBF |
Blatter está suspenso por 90 dias da presidência da Fifa, porque está sendo investigado pelo Ministério Público da Suíça por corrupção no fechamento de contratos para televisionamento de torneios.
O Comitê Executivo da Uefa (que administra o futebol europeu) anunciou nesta segunda-feira (26) que apoiará o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da entidade, à presidência da Fifa.
A decisão foi tomada depois de uma reunião de emergência com as associações filiadas ao órgão.
Presidente afastado da Uefa, o ex-jogador francês Michel Platini também lançou a sua candidatura, mas está suspenso por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa.
O xeque Salman bin Ibrahim Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), apresentou a sua candidatura à presidência da Fifa nesta segunda-feira, anunciou a agência oficial do Bahrein BNA.
A inscrição para o pleito na entidade máxima do futebol termina exatamente à meia-noite desta segunda. Al-Khalifa enviou a documentação de candidatura à sede da Fifa, em Zurique, na Suíça, antes do fim do prazo.
Al-Khalifa é membro da Família Real do Bahrein e está na presidência da AFC desde 2013.
Além de Al-Khalifa,Infatino e Platini, apresentaram candidatura o sul-africano Tokyo Sexwale, ex-colega de cela de Nelson Mandela, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, o francês Jérôme Champagne, ex-secretário-geral da Fifa, David Nakhid, de Trinidad e Tobago, e Musa Bility, presidente da federação da Liberia.
A Fifa só divulgará nesta terça a lista completa daqueles que conseguiram os apoios necessários. Segundo a entidade, é necessário que o Comitê Eleitoral valide as assinaturas que cada federação deu para apoiar seu escolhido. o que pode demorar algumas horas até todos os envelopes serem abertos.