Antes é preciso deixar claro ante o analfabetismo funcional que impera por aí: este não é um texto em defesa de personagem ou clube algum, mas sim um questionamento quanto à necessidade de um tribunal se envolvendo em tudo no futebol. Se você é clubista, incapaz de pensar, fanático, valentão da internet ou coisa parecida, faça uma gentileza: não leia.
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Emerson Sheik não fez uma boa avaliação do trabalho desenvolvido pelo árbitro do clássico Vasco x Flamengo, pela Copa do Brasil. Após o primeiro tempo, a caminho do vestiário, desferiu palavras nada elogiosas ao apitador. E no microfone da TV Globo!
Óbvio que repercutiu. Evidentemente Sheik errou, como ressaltamos no blog na ocasião — clique aqui para ler. Ele sabia que sua declaração o levaria ao tribunal e que dificilmente escaparia de punição. Como no ano passado, quando no Botafogo.
Se as regras são essas, deveria o jogador pensar primeiro no clube que lhe paga e na torcida, que o adora. Ao desabafar daquela forma, falhou com ambos. Por isso cabe à diretoria do Flamengo fazer algo a respeito. É preciso responsabilidade profissional.
Emerson pegou um jogo de suspensão. Mas afinal, por que o tribunal o convocou? Sim, o atleta foi agressivo, avaliou o trabalho do árbitro de maneira muito ruim, escolheu mal as palavras, mas aquilo não interferiu no andamento da partida.
Não seria um problema entre os dois? Se a ofensa não está na súmula, não atrapalhou o prosseguimento da peleja, que resolvessem entre eles. Seja lá onde for, até mesmo num outro tribunal se fosse o caso. A interferência do STJD é demasiada e cansativa.
Estranho país onde pessoas saem as ruas e ofendem com palavras ainda mais pesadas até a presidente da República (sobre esse tema minha opinião você pode ler clicandoaqui), mas um jogador vai a um tribunal por atacar o trabalho de um árbitro de futebol.
Também foi ofensivo, mas nem de longe como se ouve por aí. Sheik esculachou o desempenho do apitador. Ele errou. Poderia tê-lo criticado de outra maneira. Faltou respeito, categoria, educação, responsabilidade para com o clube e seus torcedores.
Mas o que o tribunal tem com isso?
PS: em 2013 escrevi "Pelo fim do tribunal no futebol brasileiro", clique aqui e leia.
