No fundo do poço? Não. O poço vascaíno parece não ter fundo, e quando o time dá a sensação de que chegou ao pior momento, é capaz de torná-lo ainda mais duro.
Perspectivas futuras? Também não. O presidente, que voltou, não dá o menor sinal de que irá embora e a oposição, fragilíssima, não parece capaz de enfrentá-lo.
Salvação da temporada? Difícil. A volta à segunda divisão é cada vez menos virtual e mais próxima do matemático. Ganhar a Copa do Brasil é, em tese, apenas possível.
O Clube de Regatas Vasco da Gama, que em 2018, perto da próxima Copa do Mundo, completará 120 anos de história, vive seu momento mais triste. Vergonhoso até.
REPRODUÇÃO TV
O pequeno torcedor se descontrola de emoção no gol de Nenê: amor incondicional na crise
E o que explica uma criança sofrendo, vibrando apaixonadamente por essa equipe, por essa camisa, por essas cores? O que explica tanta vibração em tão aflitiva situação?
Quando Nenê fez o gol vascaíno (9º no campeonato) na derrota (16ª em 23 jogos) para o Atlético (1 a 2), a TV mostrou a euforia desmedida do garotinho nos ombros do pai.
Se em campo o Vasco não consegue emocionar sua imensa torcida, fora é ela que se mostra capaz de mexer com os corações cruzmaltinos. O puro amor pelo clube!
Só mesmo o futebol para, em meio às trevas, exibir esse raio de luz. Presidente, elenco, o cara que tenta bater em jogador... Nenhum deles irá salvar o Vasco.
O que vai salvar o Vasco é o amor de sua torcida, a paixão do menino que vibra como se aquele gol valesse um título. O time deverá cair, e é essa paixão que o fará levantar.
