sexta-feira, 14 de agosto de 2015

SABRINA OMENAGEM


“Você acaba de ganhar 2 ingressos para o Rock in Rio!”



Era janeiro de 1985. Eu tinha 11 anos e estava passando as férias na casa da minha família, no interior de São Paulo. Recebi uma ligação com uma voz dizendo: “Você acaba de ganhar 2 ingressos para o Rock in Rio!”.
Fiquei louca! Pulava, vibrava.
O que eu mais queria era ir ao maior evento de música que aconteceria naquele verão. Mas, mesmo com 2 ingressos ganhos, não consegui convencer meus pais — é claro — a me deixar ir para o Rio de Janeiro.
Mais tarde, descobri que a ligação não passara de um trote (risos).
Fast forwarding, nunca houve tantos shows internacionais no Brasil como hoje em dia. Nos anos 80 e 90, a gente esperava meses ou anos para um show como os de MadonnaMichael JacksonU2 ou Rolling Stones.
Com certeza, o Rock in Rio abriu as portas para os grandes shows por aqui.

“I did it my way…”


Minha vida sempre foi ligada à música. Ora apresentando, ora cantando… E até sendo ninada, quando bebê, pelo meu pai cantando My Way. Taí a explicação de eu ser fascinada pela canção eternizada por Frank Sinatra.
Eu lembro de, nos tempos de MTV[Sabrina foi VJ de 1995 a 2000], na primeira de muitas entrevistas que fiz com os Paralamas do Sucesso, dizer a eles que era muito fã da banda e receber de volta um: “Nós é que somos seus fãs!”. Fiquei em choque (risos). Sempre amei Paralamas, e só de pensar que no primeiroRock in Rio eles estavam lá, com seu álbum de estreia recém lançado, driblando a fúria dos metaleiros da plateia e impondo respeito…
Herbert soltou um:
“Se não gostam de quem está tocando, fiquem em casa aprendendo a tocar guitarra. Quem sabe no próximo vocês não estão aqui em cima?”.
Resumo da ópera, ou melhor, do rock: a banda saiu de lá aplaudidíssima.
São muitas as histórias do Rock in Rio que conheço, mas infelizmente eu não estava lá. Isso porque o período em que fui VJ da MTV coincidiu com um dos hiatos do festival aqui no Brasil. Fico só imaginando se tivesse acontecido alguma edição durante a minha época de VJ. Quantas entrevistas, coberturas e programas especiais teriam rolado!
Mas, enquanto o Rock in Rio não voltava para estas bandas, eu e a minha turma seguíamos respirando música na MTV.
O ano de 1999, em especial, foi bastante intenso pra mim. Foi quando rolou a polêmica entrevista que fiz com a Christina Aguilera, onde a cantora teria ficado incomodada com a minha presença. Boato? O que importa? A mulher canta para carácoles!
Também foi o ano em que fui para Chicago entrevistar o Bon Jovi e assistir a um show da banda no Blue Note [um dos clubes de jazz mais conceituados do mundo] da cidade. Memorável!
Neste período, muita coisa aconteceu na minha história televisiva: apresentei programa de games, esportivos, entrevistei escritores, pintores, filósofos, atores, políticos… Até que resolvi pôr para fora algo que estava pedindo pra sair há muito tempo:
perdi a vergonha e fui cantar. Olha aí, mais uma vez a música batendo na porta da minha alma.
Hoje, canto um jazz meio bossa nova e rock and roll — e me realizo a cada apresentação!

Mais uma chance

2011 foi o ano do Rock in Rio desembarcar por aqui novamente, e neste eu iria! Recebi um convite para entrevistar o Coldplay, uma entrevista de uma hora ao vivo para um site. Aí, faltando menos de uma semana para eu embarcar para o Rio, o projeto foi cancelado. Mais uma vez, me restou ouvir as histórias do festival e acompanhar de longe…
Mas o que foi a apresentação do Stevie Wonder? Assisti pela TV e foi arrepiante. Ele e sua filha Aisha, backing vocal da banda, cantando Garota de Ipanema em inglês foi lindo! Vibrei como se estivesse lá.
E aí vem o Rock in Rio 2015! Quem eu estou mais animada para ver? John LegendParalamasLulu Santos e Rod Stewart. Este ano eu estarei lá, e terei ainda mais histórias para contar em 2016.