domingo, 14 de dezembro de 2014

Pupilo de Teixeira, Modesto Roma Jr. vence eleição polêmica e é novo presidente do Santos

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Modesto Roma Júnior venceu a eleição e será o presidente do Santos
Modesto Roma Júnior venceu a eleição e será o presidente do Santos
Custou, mas o Santos já sabe quem será seu novo presidente. Depois de polêmica que adiou a eleição no último sábado para hoje, 13 de dezembro. E o vencedor de um dos pleitos mais tumultuados da história do Santos é o candidato Modesto Roma Júnior, apoiado por Marcelo Teixeira, que triunfou com porcentagem de 25,72%, superando os concorrentes Nabil Khaznadar (Avança, Santos), José Carlos Peres (Santos Vivo), Fernando Silva (Mar Branco) e Orlando Rollo (Pense Novo). 
E a assembleia deste sábado não poderia deixar de ser também polêmica. A exemplo do que ocorreu no último fim de semana, as urnas eletrônicas da Vila Belmiro deram problema e obrigaram a adoção da eleição em cédulas de papel no litoral - em São Paulo, o sistema digital foi mantido. Assim, a manhã começou agitada na Baixada Santista.
Mas o restante do dia correu de forma tranquila. A quantidade de eleitores foi mais baixa do que o esperado, já que muitos sócios de outras cidades e estados que vieram no último sábado para a eleição suspensa não voltaram desta vez. Assim, a apuração de votos demorou menos que o esperado.
O único momento de mais revolta ao longo da tarde na Vila Belmiro foi quando o ídolo Léo, ex-lateral-esquerdo, foi impedido de votar por erro em seu cadastro. Após discussão, o ex-atleta foi possibilitado de exercer seu direito de associado, mas saiu esbravejando. "Estou envergonhado com as coisas que acontecem aqui", disse.
Na semana passada, o pleito foi adiado após falha das urnas eletrônicas e, principalmente, depois suposta fraude do mesário José Ananias da Silva, 73 anos, conselheiro e simpatizante da chapa 2, da situação, acusado pelos presentes de depositar dois votos na urna 7. Após suspensão da assembleia, o clube anunciou a punição preventiva de 30 dias de seu quadro associativo ao acusado.
Dos sócios-fantasmas à eleição histórica
A eleição no Santos foi marcada, desde o início de seu processo eleitoral, por polêmicas, começando com denúncia de fraude por parte da oposição. Membro da chapa 3, de Orlando Rollo, acusaram sócios-fantasmas no quadro associativo alvinegro, como do ex-ditador Augusto Pinochet, do mafioso Al Capone e até do personagem Don Corleone, do filme O Poderoso Chefão.
E a acusação foi apenas uma de diversos outros episódios nos bastidores políticos santistas, que entraram em ebulição após a polêmica venda de Neymar, no ano passado, e depois da derrota por 8 a 0 contra o Barcelona, em amistoso. Justamente por isso o Santos teve pela primeira vez na história cinco candidatos disputando o cargo de mandatário máximo na Vila Belmiro.
A concorrência é irreal se pensar que, há três anos, nas eleições do dia 3 de dezembro de 2011, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro foi reeleito com recorde de votos: 3365 votos, ou 87% do eleitorado na ocasião, que tinha sido o maior da história do Santos. O clube, então atual campeão da Libertadores e na véspera de disputar o Mundial de Clubes, era apenas sorrisos.
Só que, a partir daí, as coisas começaram a sair dos eixos, principalmente depois de Neymar dar adeus de forma conturbada. Neste sábado, porém, o Santos enfim ganhou uma "trégua" e conheceu seu novo presidente, que assume o clube com uma dívida que beira os R$ 200 milhões, sem patrocínio master definido e encerrando um ano desastroso, com salários atrasados e resultados ruins dentro de campo. O novo mandatário terá, portanto, bastante trabalho em 2015.
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