sábado, 13 de dezembro de 2014

Peixe escolhe presidente, pega ponte aérea e tenta antecipar cota da TV para driblar o caos

Não tem choro nem vela. Muito menos chorumela e marola. Após comemorar a vitória nas urnas, o novo presidente do Peixe terá de pegar a ponte aérea e viajar com urgência para o Rio, mais precisamente para pedir a bênção à plim-plim.
Ou melhor, um adiantamento da cota de transmissão dos jogos de... 2016. O café no bule da próxima temporada (algo em torno de R$ 40 milhões) já foi consumido.
O aquário da Vila Belmiro vive um caos financeiro. Só a Robinho e Leandro Damião, o clube paga R$ 1,2 milhão por mês - R$ 700 mil ao ex-rei das pedaladas e R$ 500 mil ao atacante (incluídos R$ 50 mil de auxílio moradia).
Contratado por R$ 42 milhões, Damião até agora não emplacou no Santos. Em 43 jogos, marcou apenas nove gols. Ele foi oferecido à Raposa pelo fundo de investimento Doyen Sports.
O bicampeão brasileiro teria aceitado desde que pagasse apenas a metade do salário (R$ 250 mil). O garoto Lucas Lima também entrou na proposta. Eles iriam por empréstimo de um ano.
O grupo sonha com a valorização dos dois jogadores, já que o pão de queijo disputará a Libertadores. Uma bela vitrine para os europeus, principalmente se o Cruzeiro corresponder às expectativas.
Já o Peixe vai ter que se virar nos 30 no início do ano, com o sensacional e nada atraente Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago.
De um total de 19 mil sócios aptos a votar, menos de sete mil devem escolher Nabil Khaznadar (situação), Fernando Silva, Orlando Rollo, Modesto Roma Júnior ou José Carlos Peres (todos da oposição) neste sábado. 
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Sem querer querendo. Um ano e 20 jogos depois, com direito a estratosféricos dois gols, Bruno César acredita que poderá sair do ninho dos periquitos em revista de cabeça erguida. Principal reforço em 2014, o jogador justifica o dever cumprido: pegou o time na Série A e deixará na Série A. Um feito inesquecível, merecedor de uma estátua no Palestra Itália, com muito champanhe na inauguração.
Zé Corneta. Os melhores momentos do Palmeiras acontecem sempre no fim de ano, com a saída da barca dos ‘condenados'.
Bem, amiguinhos. E o Júlio Baptista, hein? Chegou de carro-forte e virou moeda de troca na Raposa. Com contrato até junho de 2015, ele fatura mais de R$ 1 milhão por mês. Em 56 partidas com a camisa do Cruzeiro, Júlio Baptista marcou 17 gols. O meia encabeça a lista de cortes para a próxima temporada.
Sugismundo Freud. Há dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.
Bem, diabinhos. O legado da Copa domina Brasília às vésperas da chegada do Papai Noel. Depois de torrar R$ 1,9 bilhão na reforma do estádio Mané Garrincha, o governador Agnelo Queiroz (PT) festeja os últimos dias no trono. Garis, professores e enfermeiros reclamam de salários atrasados. Ambulâncias estão paradas por falta de combustível e não há medicamentos para os pacientes. Internet e telefone foram cortados. Em um dos hospitais, o teto despencou. A Copa é deles, a conta é nossa.
Dona Fifi. A lista de reforços de ‘Muriçoca' Ramalho tem Conca, Cícero e Bruno, todos do Fluminense.
Zapping. Saíram as chuteiras, entraram os longas-metragens, e quase nada mudou no ibope da plim-plim na grande Pauliceia entregue ao bangue-bangue. O filme ‘Guerra do tráfico' rendeu 19 pontos de audiência na quarta, mesma média que os jogos do Brasileirão. Na Cidade Maravilhosa das balas uivantes, cravou 21.
Gilete press. De Cosme Rímoli, no ‘R7': "Paulo Nobre resolveu fazer o que não queria. Colocar dinheiro seu na contratação de jogadores importantes. Na alça de mira, Fred, Conca, um lateral-esquerdo e um zagueiro. Além de Oswaldo de Oliveira como técnico. O dirigente percebeu o óbvio. Já emprestou R$ 153 milhões para sanar os problemas do Palmeiras como clube. E não como time. Mesmo assim as dívidas palmeirenses atingiram mais de R$ 300 milhões. Só com uma equipe poderosa, o fluxo de caixa se manterá firme. Com patrocinadores, maior interesse da tevê, garantia de estádio cheio, convites para amistosos." A conferir.
Caiu na rede. E o Brasil descobriu o surfe. Vai Medina!
Raquetada. O tênis também tem ótimo saque, como o vôlei. Que o diga a contadora Katia Mueller, que trabalhou para a CBT entre 2009/12! Em depoimento ao Ministério Público Federal, ela garantiu que o presidente Jorge Lacerda pagou contas pessoais (luz, gás e telefone) e até a empregada doméstica com a grana da confederação. Em 2011, Lacerda teve contestado o investimento de R$ 440 mil num torneio. Na prestação de contas, informou que havia repassado R$ 400 mil para a reserva de duas quadras no clube Sociedade Harmonia. Descobriu-se depois que o espaço havia sido cedido gratuitamente. Atualmente, há cinco inquéritos investigando a CBT em regime de sigilo. De 2008 até hoje, a CBT recebeu R$ 34 milhões dos Correios.
Twitface. Real Madrid, o exterminador: 20ª vitória seguida - 4 a 1 no Almeria. Gajo Cristiano Ronaldo, 25º gol no campeonato, 12 à frente de Messi.
Tititi d'Aline. A estrela do Botafogo brilha como nunca. Rebaixado e mergulhado num caos financeiro, o clube perdeu o patrocínio da Viton 44, que rendia R$ 25 milhões por ano. O dono da empresa, Neville Proa, elogiou o comportamento da diretoria: 'Sem-vergonha'. A cartolagem pediu uma grana antecipada para pagar os jogadores, mas o gato apareceu na jogada. A Viton 44 vai carimbar o enxoval do Fluminense em 2015.
Você sabia que... a Unimed investiu mais de R$ 300 milhões em 15 anos de parceria com o Fluminense?
Bola de ouro. Banco do Brasil. Xeque-mate nos cartolas do vôlei: só voltará a despejar dinheiro no esporte se um conselho de atletas for criado para participar da gestão da CBV.
Bola de latão. Fernando Torres. O atacante espanhol foi emprestado ao Milan por duas temporadas, mas não emplacou (marcou apenas um gol até agora) e pode ser devolvido ao Chelsea. Tabloide 'Daily Mirror' manchetou: 'Inútil'.
Bola de lixo. Vôlei. Fora das quadras, amigo de fé e irmão camarada do Circo Brasileiro de Futebol. Cara de um, focinho de outro. Ary 'Graçafolia' e Zé da Medalha, tudo a ver.
Bola de sete. "Eu e os outros jogadores temos o sentimento de que fomos traídos, porque dedicamos nosso tempo, nosso suor, nossos joelhos, ombros e tornozelos a essa pessoa. Não descarto um boicote à seleção" (de Murilo, sobre o 'fair play' do cartola Ary 'Graçafolia' na malversação de verbas da CBV - muy amigo).
Dúvida pertinente. As estatais devem continuar patrocinando o esporte depois do escândalo no vôlei?