sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Verdão vota na primeira divisão

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Aos 13 minutos no Pacaembu, na fria noite paulistana, Valdivia deu um passe espetacular para Diogo que deu para Henrique faz o gol palmeirense, mas o centroavante chutou tão fraquinho que Rodrigo Biro salvou antes que a bola entrasse.
Treze minutos depois, Camilo teve a chance de abrir o marcador para a Chapecoense, mas mandou em cima de Deola.
Àquela altura o jogo de seis pontos já estava equilibrado e o Palmeiras perdia-se num excesso de cautela na hora de finalizar, como se ninguém quisesse assumir a responsabilidade na hora agá.
Valdivia, com a bola, e Vuaden, com o apito, eram os melhores no gramado.
O chileno tentava fazer o time jogar e o árbitro não caía nas simulações dos jogadores dos dois lados que caíam na área ou perto dela.
Aí, aos 40, num lançamento longo de Ricardo Conceição, nas costas da desatenta zaga alviverde, Leandro entrou livre para receber e fazer 1 a 0.
Prenúncio de que a próxima hora palmeirense seria dramática.
No quarto embate entre ambos, dois pela Série B, o segundo pela A, os paulistas seguiam sem conseguir fazer nem um gol sequer nos catarinenses, decorridos sete meios tempos.
Nos derradeiros segundos da etapa inicial, Vitor Luís acertou um tirambaço no ângulo do time de Chapecó, mas o goleiro Danilo fez ótima defesa.
Em compensação, e para dar uma ideia do drama verde, logo aos 2 minutos do segundo tempo Fabinho perdeu um dos gols mais feitos do ano, com Deola já batido pelo passe de Leandro. Impressionante!
Dorival Júnior que no intervalo disse ao Sportv que seu time estava “organizado” , viu ainda a Chapecoense fazer uma verdadeira linha de passe na área palmeirense, segundos antes de Wesley empatar o jogo, porque a bola pune e puniu o time visitante.
Em seguida, Danilo salvou a virada na cabeçada de Henrique.
O jogo pegou fogo na gelada capital da Paulicéia e a torcida, que não parou de incentivar nem mesmo com o 0 a 1, tentava carregar o time para a vitória que arrancaria o Verdão da ZR.
Aos 12, em cobrança de escanteio pela direita, Valdivia desviou de cabeça e Henrique mergulhou de cabeça, tronco e membros para fazer o gol do desafogo.
O Botafogo entrava na ZR e o Palmeiras saía dela para não mais voltar, ao menos, nesta rodada.
Se faltava técnica ao Palmeiras, e é claro que falta se não o time não estaria na situação em que está, sobrava coração.
Aos 18, daqueles pênaltis em que a bola bate na mão no jogador que dá o carrinho, Henrique bateu no lugar de Cristaldo que queria bater e fez o gol do 3 a 1.
O primeiro a abraçá-lo foi justamente o argentino.
Em seguida, novo pênalti, indiscutível, de Rodrigo Biro em Henrique, e o centroavante fez o 4 a 1.
Em duas datas emblemáticas, o time alviverde livrou-se de passá-las na ZR: a primeira no dia de seu centenário e, agora, no dia da eleição.
Que assim seja sempre daqui por diante.
Aos 37, o capitão Valdivia foi substituído e aplaudido por boa parte dos mais de 15 mil torcedores no estádio.
Prova de confiança da direção do clube e dos torcedores que são capazes de perdoá-lo por serem tão traídos.
Ah, e a hora que se previu dramática não durou mais que 12 minutos, o tempo da virada.
Se Valdivia jogou fora os três pontos contra o Figueirense ao desperdiçar, por irresponsabilidade, o 2 a 0 que liquidaria o jogo, hoje foi Fabinho quem, por ruindade mesmo, desperdiçou o 2 a 0 da Chapecoense.
Em Floripa, foi 3 a 1. Em Sampa foi melhor, foi 4 a 2, porque, nos acréscimos , Leandro descontou.