segunda-feira, 16 de junho de 2014

No contra-ataque, Suíça frustra invasão 'amarela' e vira para cima do Equador em Brasília

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Seferovic e a careta da vitória: atacante fez no fim e decretou a virada da Suíça sobre o Equador
Seferovic e a careta da vitória: atacante fez no fim e decretou a virada da Suíça sobre o Equador
Para o céu.
O Equador tinha o caminho para a vitória. Passava pela inspiração que vem de Christian Benítez, falecido em julho do ano passado e cujo pai acompanha a delegação em sua base em Viamão, região metropolitana de Porto Alegre. Passava ainda pelas bolas aéreas e uma fórmula que sempre funcionou em Copas. Até funcionou uma vez neste domingo, mas a Suíça respondeu na mesma moeda e virou nos minutos finais para 2 a 1, no Estádio Nacional, em Brasília.
Enner Valencia, sozinho na área, abriu o placar em cruzamento de Ayovi e cabeçada para o fundo das redes ainda no primeiro tempo. Na volta do intervalo, dessa vez em escanteio, o substituto Admir Mehmedi igualou a conta e Seferovic conseguiu a vitória nos acréscimos.
A Suíça fez, assim, valer todo o seu favoritismo de cabeça de chave: mesmo com imensa maioria nas arquibancadas, os equatorianos não aproveitaram todo apoio de fora para tirar proveito do clima ameno da capital federal que minimizou um possível desgaste excessivo em campo - sobretudo, para uma equipe que escolheu se preparar no frio gaúcho.
Essa foi a primeira vez em sua história nas Copas que o time comandado por Reinaldo Rueda atuou sem o seu tradicional uniforme amarelo.
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Caicedo (à esq.) disputa com Behrami: jogo foi equilibrado em Brasília
Caicedo (à esq.) disputa com Behrami: jogo foi equilibrado em Brasília

As camisas que lotaram o Mané Garrincha empurraram, mas não conseguiram garantir os três pontos. A pressão inicial até foi toda do time sul-americano enquanto que a Suíça conseguia se desvencilhar apenas quando subia pelas laterais, principalmente com Lichtsteiner, quase sempre levando perigo.
Com 10 minutos, o jogo já se encontrava mais equilibrado e, mesmo sem a mesma intensidade, as melhores chances ficavam com os europeus. Primeiro, com Xhaka recebendo na intermediária, ajeitando e chutando à direita do gol; e depois com Shaqiri fazendo jogava individual, abrindo espaço e finalizando para a defesa de Alejandro Domínguez.
Aos 22, veio a resposta equatoriana.
Ayovi bateu falta com perfeição e encontrou Enner Valencia, sem marcação, para testar e abrir o placar em Brasília. Os dois colocaram à prova todo o entrosamento que vem do Pachuca-MEX, onde atuam juntos. Detalhe: 50% dos gols do país em Mundiais tiveram como origem cabeçadas.
Mesmo atrás no marcdor, Suíça não se abalou. Em cruzamento para Behrami e chute da intermediária de Inler, o empate passou perto. Ainda houve tempo antes da ida para o intervalo de os equatorianos reclamarem pênalti em Felipe Caicedo.
O Equador segui acuado na volta dos vestiários.
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No último lance da partida, em rápido contra-ataque, a Suiça foi recompensada
No último lance, em rápido contra-ataque, a Suiça foi recompensada

Logo aos dois minutos, Lichtsteiner surgiu na frente mais uma vez e levou perigo em finalização. No lance seguinte, não deu: em cobrança de escanteio, Ricardo Rodriguez mandou na área e Admir Mehmedi, que entrou no retorno para o segundo tempo, deixou tudo igual.
Demorou, mas os sul-americanos conseguiram ameaçar somente aos 14 minutos, sempre com ele, Enner Valencia, recebendo na entrada da área, abrindo espaço e chutando por cima do gol. Jefferson Montero também chegou bem em corte seco e arremate pela esquerda.
Shaqiri, então, deu um susto na torcida equatoriana, arrancando o grito de gol em saída para o contra-ataque em velocidade, passe para a esquerda e chute dna rede pelo lado de fora. Antes disso, os suíços ainda tiveram um gol corretamente anulado de Drmic, em posição de impedimento.
O Equador precisava reagir e conseguiu aos 29, em trapalhada da defesa suíça, dividida de bola entre Benaglio e Enner Valencia e corte providencial de Von Bergen, afastando. A equipe ainda viu Benaglio quase entregar em cobrança de falta de Arroyo e tentativa do goleiro de adivinhar o canto aos 41.
O troco foi cruel: Behrami roubou bola e passou para Rodriguez, que encontrou Seferovic e marcou o gol da vitória.


A primeira rodada no grupo E ainda será completada com o confronto entre França e Honduras no Beira-Rio, em Porto Alegre, às 16h (de Brasília), com transmissão ao vivo dos canais ESPN e do WatchESPN.