sábado, 1 de junho de 2013

Não vou morrer tão cedo, diz Oscar sobre tratamento de tumor no cérebro

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, 55, disse nesta sexta-feira que está curado do câncer no cérebro e garantiu que não vai desistir de lutar após passar por uma nova cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro, em abril.
"Esse tumor pegou o cara errado mesmo, não vou deixar [o câncer] me matar, se eu morrer é porque me pegou desprevenido. Não vou morrer tão cedo", disse em entrevista coletiva nesta tarde.
O ex-jogador da seleção conta que tem feito sessões de radioterapia de segunda a sexta-feira e que vai precisar de 30 sessões no total para concluir o tratamento, além da quimioterapia, por meio de comprimidos ministrados por via oral todos os dias.
"Neste momento eu estou curado, já venci e ele [o câncer] não vai voltar", afirmou Oscar, em referência ao fato de tumores no cérebro terem uma tendência a surgir novamente, especialmente o último que o acometeu, no nível 3. Na primeira vez que apareceu era grau 2 e, na segunda, 3. A escala vai de 1 (benigno) a 4.

Isto é Oscar Schmidt

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Joel Silva - 31.mai.2013/Folhapress
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O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, 55, durante entrevista em sua casa em Alphaville para falar sobre seu tratamento contra um tumor no cérebro
Em maio de 2011, o Mão Santa --apelido que traz desde os tempos de atleta-- já havia retirado um nódulo esférico de 7 cm da cabeça, no início da luta contra o câncer.
A cirurgia de abril obrigou Oscar a cancelar duas palestras. No entanto, ele diz que se arrependeu, pois acredita que dava para ter ministrado ambas. A palestra na Faap da última terça-feira foi a primeira após a cirurgia. Ele informou que deve participar de uma outra no dia 10 de junho.
"Vou continuar fazendo palestras, viajando pelo Brasil e para os Estados Unidos e já até mandei fazer um terno na Inglaterra e sapato para a cerimônia do hall da fama", disse, ao lembrar que foi chamado para o evento da Fiba que vai acontecer em setembro.
Oscar declarou que vai utilizar a sua carreira como motivação para superar o problema de saúde e lembrou dos Jogos Pan-americanos de 1987, nos Estados Unidos, quando a seleção de basquete derrotou os Estados Unidos e ficou com a medalha de ouro.
"O Pan vai servir de motivação também. Todo mundo estava desacreditado na seleção", afirmou, lembrando que a única coisa que se arrepende na vida foi um lance dos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul.


"A única coisa que me arrependo é de não ter tentado um tiro de três pontos do meio da quadra no jogo contra a Rússia, em 1988. Isso podia ter nos levado para [a disputa do] título olímpico", completou.