domingo, 3 de março de 2013

Pinheiros dá aula de bloqueio, vence Campinas no tie-break e força 3º jogo


Helen, pelo Pinheiros, e Vasileva, por Campinas, estavam inspiradas no ataque, mas o diferencial do duelo entre os times na noite deste sábado, em São Paulo, foi o bloqueio do Pinheiros. O paredão azul rendeu quase um set inteiro. Com 23 pontos no fundamento, as paulistanas venceram no tie-break (31/29, 25/14, 16/25, 23/25 e 15/11), em 2h24 de partida, e forçaram o terceiro jogo das quartas de final da Superliga feminina (veja os pontos ao lado).
As equipes decidem a vaga terça-feira, na Arena Concórdia, às 21h. Campinas tem a vantagem de atuar em casa por ter feito melhor campanha na primeira fase. Osasco, que despachou Minas em duas confrontos, espera o vencedor. Do outro lado, Rio de Janeiro também aguarda o quem passar de Sesi e Praia Clube, que estão empatados em 1 a 1.
Helen foi eleita a melhor em quadra. Com 26 pontos, ela liderou o Pinheiros no ataque e só ficou atrás de Vasileva, que terminou com 27 acertos - o recorde da atual edição é 36, de Fernanda Garay, do Osasco. Na defesa, Lara e Carol, com cinco bloqueios cada, ditaram o ritmo das donas da casa. O técnico José Roberto Guimarães reconheceu a superioridade do adversário e considerou justo o resultado, que encerra um tabu. Foi a primeira derrota do Campinas para o rival em sete encontros.
- O Pinheiros foi melhor. Teve mais volume de jogo, bloqueou muito. Elas estão de parabéns pelo trabalho e pela coragem que estão tendo - afirmou o comandante do Campinas.
Pri Daroit para no bloqueio do Pinheiros (Foto: Felipe Christ / Amil)Pri Daroit para no bloqueio do Pinheiros: muralha azul (Foto: Felipe Christ / Amil)
O jogo
Campinas deu a impressão que dominaria o primeiro set do início ao fim. Logo de cara, abriu boa vantagem. Com 14/9 na frente, porém, a equipe errou duas bolas e permitiu a reação do Pinheiros. A partir daí, a perseguição das paulistas foi intensa até empatar em 23/23, com um bloqueio de Carol em Pri Daroit. Carol também colocou as donas da casa com o set point ao aproveitar um erro de recepção de Ramírez.
Na hora do aperto, a levantadora Priscila Heldes apostou nas centrais Walewska e Andressa e na búlguara Vasileva para manter Campinas viva. Mas uma nova falha de Ramírez definiu a parcial para Pinheiros: 31/29.
comemoração do Campinas no jogo de vôlei contra o Pinheiros (Foto: Felipe Christ / Vôlei Amil)Campinas até que reagiu, mas decisão da vaga
ficou para terça (Foto: Felipe Christ / Vôlei Amil)
O equilíbrio visto no primeiro set passou longe na sequência. Abalada pelos erros decisivos, Ramírez não voltou bem e deu lugar para Rosamaria. De nada adiantou. Com uma aula de bloqueio, o Pinheiros dominou as comandas de José Roberto Guimarães. A defesa impecável do Pinheiros foi minando as opções ofensivas do Campinas. O placar apontava para um passeio das paulistanas. Um ataque de Helen garantiu o 2 a 0 no placar em 25/14.
O massacre e a necessidade de reagir fizeram Campinas acordar. Fizeram Ramírez despertar. Ao lado de Vasileva, que manteve o ritmo dos sets anteriores, a cubana liderou o ataque campineiro. Desta vez, o massacre foi do outro lado. Campinas ignorou o bloqueio do Pinheiros e sobreviveu ao fazer 25/16.
A vitória deu moral ao Campinas para o quarto set. Mas Pinheiros não se deixou abater, e o equilíbrio voltou a aparecer no confronto. Quando Campinas abriu larga vantagem, Pinheiros foi buscar. As equipes trocaram pontos na reta final, até Campinas embalar e fechar em 25/23. No tie-break, o bloqueio do Pinheiros voltou a ser decisivo. As donas da casa chegaram a ficar com 14/8 na frente. Campinas esboçou uma reação, mas Andreia, em um ataque rápido pela ponta, garantiu a vitória. A definição da vaga ficou para terça-feira.