quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O COB é reincidente


Rodrigo Hermida (foto), hoje gerente de Voluntários do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, foi demitido, seis anos atrás, do Comitê dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro.
Motivo: copiou sem autorização, e com uma senha que não era dele, os dados da empresa multinacional Event Knowledge Services ( EKS) que, então, prestava serviços ao chamado Co-Rio, presidido por Carlos Nuzman, a exemplo do que se dá hoje no comitê da Olimpíada.
O pessoal do COB, por sinal, faz questão de separar-se dos comitês organizadores dos Jogos, tanto dos Pan-Americanos quanto dos Olímpicos, embora a associação seja inevitável.
Hermida foi a cabeça que rolou à época e jamais o caso foi revelado por Nuzman, como provavelmente aconteceria agora no vexame londrino.
A EKS vinha de experiências vitoriosas ao participar de Olimpíadas recentes e dos Jogos da Comunidade Britânica e, terceirizada, preferiu exigir apenas a punição do funcionário invasor e não dar publicidade ao caso, até porque fora escolhida a dedo por Nuzman e sem licitação de nenhuma espécie, coisa que se repetiu para 2016.
Hermida trabalhava em área subordinada a Mario Cilenti, hoje diretor do Co-Rio-16, e que, obviamente, sempre esteve ciente do episódio — e em silêncio.
Como brasileiro brinca com tudo, os funcionários que agora foram escolhidos como bodes expiatórios do escândalo londrino, estão sendo chamados, de “os hermidas” por quem conhece, no COB, o episódio às vésperas do Pan.
Cada vez fica mais claro que o assalto aos dados britânicos se deu basicamente pela ação de um dos demitidos, o “hermida” Bruno Olivieri, da área de TI (Tecnologia da Informação) do Rio-16.
Ele não apenas copiou uma quantidade abissal de informações, a ponto de chamar a atenção dos ingleses, como, não satisfeito, mandou um e-mail aos demais que tinham acesso aos arquivos, ensinando como ir além do que estavam autorizados.
O blog não conseguiu localizar Olivieri, mas ouviu, e gravou, a reação nervosa, apavorada, de Hermida, que em princípio negou.
Depois quis encaminhar o assunto para a assessoria de imprensa do COL, em seguida pôs a ligação no viva-voz e prometeu retornar em meia hora,  mais de uma hora atrás.
O blog voltou a ligar em seu celular que tocou até cair na caixa postal