segunda-feira, 30 de julho de 2012

Olímpicas 1: Os boleiros "chinelinhos" e as medalhas sofridas do judô

As duas primeiras medalhas do Brasil em Londres vieram no judô. Por meio de atletas cujos nomes a massacrante maioria do povo jamais ouvira até então.

Piauiense, Sarah Menezes derrotou a campeã olímpica em Pequim 2008, Alina Dimitru. Quem viu a luta percebeu o sofrimento da romena com seu cotovelo lesionado.

A dor de Dimitru, a luta de Sarah, a dedicação extrema das duas mulheres pela medalha. Isso momentos depois do choro de Felipe Kitadai ao bater o italiano Elio Verde.

Quanta diferença entre a dedicação desses atletas, sua disposição para enfrentar a dor e tantos obstáculos, e alguns jogadores de futebol. Gente famosa, conhecida, bem remunerada.

É um tal de fibrose, contratura, desconforto, um festival de lesões que deixa médicos de mãos atadas. O jogador diz que está doendo e... não há o que fazer? Será que dói tanto? Será que dói mesmo? Vai saber...

O que faltaria a esses boleiros? Seriam eles frágeis demais? Preguiçosos? Realmente se machucam tanto assim ou aplicam o velho "migué"? Situação que nãoé nova e segue comum até hoje.

Atletas olímpicos são exemplos muito mais inspiradores do que certos ídolos de barro do futebol. Vídeos desses judocas deveriam ser exibidos em concentrações dos times. E os "chinelinhos" seriam obrigados a assistí-los.

Reuters
Segunda da esquerda para direita, Sarah Menezes é campeã olímpica da categoria 48kg do judô
Segunda da esquerda para direita, Sarah Menezes é campeã olímpica da categoria 48kg do judô