segunda-feira, 23 de julho de 2012

Galo bom de bico já pinta o sete como um dos favoritos ao caneco

Aos números, após 11 rodadas do Brasileirão: 28 pontos, nove vitórias, um empate, uma derrota, 23 gols a favor, oito contra, 85% de aproveitamento. No terreiro de BH: quatro vitórias e um empate. No campo do inimigo: cinco triunfos e um fracasso.

Aos fatos: o que se poderia imaginar ser apenas fogo de palha nas primeiras rodadas está se solidificando. O Galo já pinta o sete como seríssimo candidato ao caneco.

A equipe mineira repete a mesma campanha do campeão Corinthians em 2011 após 11 jogos, com pequena diferença nos gols pró (19) e contra (cinco).

A grande mudança está no retrovisor. Enquanto o Corinthians havia acumulado uma gordura de seis pontos para queimar à frente do segundo colocado, o soberano São Paulo, o Galo soma apenas dois de vantagem sobre o Vasco.

Faltam 27 rodadas e muito milho certamente ainda vai rolar, mas não se pode negar: o Galo do mestre Cuca está mostrando o bico da chuteira mais brilhante do Brasileirão. Um cocoricó para ser entoado pelos melhores tenores.

A última vítima foi o Leão da Ilha de Lost. Levou quatro impiedosas bicadas. Saiu na frente, mas não resistiu e se curvou diante do talento do jovem Bernard, que comandou a sexta vitória seguida do Galo bom de bico.

Pelos cálculos de Cuca, o time precisa abocanhar mais 55% dos pontos em disputa para reinar novamente no Brasileirão depois de quatro décadas.

Às outras patacoadas e caneladas da 11ª rodada:

1) Convidado mal-educado, imortal Grêmio rouba a cereja do bolo botafoguense e joga água no chope do holandês Seedorf, para desespero de 34.621 torcedores;

2) Fred ‘Slater’ implode Ponte na bacia das almas e garante três pontos sofridos ao Fluminense;

3) Urubu domina (54% de posse de bola), chuta mais (17 a 12), manda bola na trave, perde gols e... leva chumbo no Independência – Borges garante Raposa;

4) Todos têm um atacante, mas só os periquitos em revista têm ‘Barack’ Obina: azar do Timbu;

5) Ney Franco ganha a primeira no São Paulo, com ataque reserva: um na entrada e outro na saída;

6) Troca de Dorival Júnior por Fernandão é muito mal digerida entre os jogadores do Saci colorado: Dragão do cerrado cai de quatro;

7) Mesmo em meio a um desmanche, com a saída dos marinheiros Diego Souza e Fagner, nau vascaína mantém o rumo, fisga o Peixe e segue na caça ao Galo;

8) Lusa, um gosto amargo para 33 mil corintianos na casa alugada do Pacaembu; mais uma vez, Douglas ‘Tufão’ livra a cara do ‘bando de loucos’;

9) Bahêa larga bem, abre dois de vantagem, se acomoda, permite reação do Coxa e continua na UTI da tabela, ao lado de Lusa, Figueira e Atlético/GO.
                                                                    ###########
Xô satanás! Os manos olímpicos visitaram a vila dos atletas em Londres, respiraram o clima dos Jogos, atacaram a lanchonete, tietaram, mas logo se mandaram para a clausura numa pensão cinco estrelas a 30 quilômetros do Parque Olímpico. É tudo muito bom, é tudo muito bonito, só que o diabo mora ao lado e pode atacar com várias tentações: festas, deslumbramento, McDonald’s à vontade, rala e rola... A carne é fraca no mundo das chuteiras.

Sugismundo Freud. O maior inimigo de um governo é a educação.

Pif-Paf. A nau vascaína está mesmo decidida a atracar no porto do Brasileirão, em dezembro, com o grito de campeão. Depois de Rômulo e Allan, negociados com Spartak Moscou e Udinese, Diego Souza e Fagner também zarparam de São Januário. O meia foi para o Al Itthad, da Arábia Saudita, após 87 jogos e 30 gols no clube carioca. O lateral se mandou para o Wolfsburg, depois de 149 partidas e 14 gols. E, depois, a galera chia contra o ‘professor’ Cristóvão.

Twitface. Manchester United desde criancinha, o lateral dos manos olímpicos Rafael vem aconselhando Lucas ‘Marcelinho’ a topar, de olhos fechados, uma transferência para os ‘Diabos Vermelhos’. Não pode deixar a carruagem da rainha passar.

SOS. Dona do melhor resultado de uma brasileira numa piscina olímpica (quinto lugar nos 400m medley em Atenas/04), Joanna Maranhão afogou a natação feminina do país no tanque da incompetência da CBDA, comandada pelo eterno Coaracy Nunes. É medíocre. As atletas se limitam a arrumar uma boquinha na seleção e ganhar uma medalhinha em torneios nacionais inexpressivos. Ela lembrou que no Brasil chega 20s à frente das adversárias, e fora, termina 20s atrás. A política da CBDA mascara a realidade. Tchibum!

Tiro curto. Há sempre o outro lado da moeda: a Lusa desaba na tabela, mas está invicta contra os ‘bichos-papões’ paulistas: bateu o São Paulo e empatou com Palmeiras, Santos e Corinthians.

Gilete press. De Lauro Jardim, em ‘Veja’: “A Globo vai gastar US$ 400 milhões para exibir as Copas de 2018 e 2022: os direitos de transmissão custarão US$ 180 milhões para o Mundial da Rússia e US$ 220 milhões para o do Qatar. Em outubro passado, a Fifa arrecadou mais do que o dobro com a venda dos direitos para as TVs dos EUA. Uma licitação acirrada entre as emissoras, que não aconteceu no Brasil, bateu o patamar de US$ 1 bilhão.” Para nooooooosa alegria, certo Blatter?

Tititi d’Aline. Atletas olímpicos andam de beicinho pela Vila: descobriram que os organizadores cortaram a programação erótica da TV. O passarinho chora!

Você sabia que... Vagner Love completou cinco jogos sem marcar no urubu?

Bola de ouro. Fernando Alonso. De ponta a ponta, conquistou o GP da Alemanha, sua terceira vitória no Mundial. Menção honrosa: Thomas Bellucci. Depois de dois anos e cinco meses levando raquetadas, faturou um título.

Bola de latão. Massa/Senna. De ponta a ponta, só comendo poeira no circo. Como sempre.

Bola de lixo. Flamengo. Mais alerta que coruja em dia de sol escaldante, o urubu mandou um cartola até Buenos Aires para contratar Diego Morales. Lá chegando, descobriu que o jogador já havia sido negociado pelo Tigres.

Bola sete. “Não podemos reclamar, porque a gente não se preparou bem após a Libertadores. Estamos pagando caro por isso” (de ‘Muriçoca’ Ramalho, agradecendo a Laor & Cia. pelos esforços em não trazer reforços).

Dúvida pertinente. ‘Papai’ Joel, o único culpado pelo voo cego do urubu