sábado, 14 de abril de 2012

Muita gente no Fla merecia isso. Assim, com requintes de crueldade

Administração confusa, falta de comando, troca de técnicos fora de hora, tratamento inadequado à Libertadores e... nova eliminação vergonhosa da Copa. Vergonhosa sim, não pela noite dos 3 a 0 sobre o Lanús, mas por outras, como a de Assunção, a de Guaiaquil e em especial a do empate em 3 a 3 cedido ao Olímpia, no Rio de Janeiro, levando três gols em 13 minutos.

O Flamengo não se preparou para a Libertadores. O Flamengo não se prepara para nada. Em 2011 Vanderlei Luxemburgo deu pouco em relação ao que se espera do outrora melhor técnico do país. Substituí-lo fazia sentido. Em dezembro! Mas meses depois, com a temporada em andamento, e num momento de embate entre ele e jogadores pouco envolvidos...

Foi um sinal verde à preguiça, às dancinhas fora de hora, ao comportamento no qual atletas se envolvem menos do que o necessário, jogam quando estão a fim. E fazer tudo isso quando se tem uma Libertadores na agenda é mais do que erro administrativo. É falta de noção da realidade. O principal torneio sul-americano é para quem tem... você sabe, é preciso algo mais.

Os 12.626 pagantes e outros tantos que entraram de graça mas foram ao Engenhão não mereciam isso. Como não merecia o torcedor apaixonado que sofreu à distância, especialmente aquele que é capaz de perceber o que estão fazendo com o seu Flamengo. Mas jogadores desinteressados, técnico que trata Libertadores como se fosse um estadualzinho, ah, esses merecem.

E mais ainda merecem participar desse papelão os cartolas. Imaginem agora a presidenta do clube dando entrevistas com postura vitoriosa cercada por seu séquito formado por correntes políticas mais preocupadas com elas mesmas do que com o clube. Você acha que essas pessoas mereciam esse momento de glória? A chance de bater no peito para vociferar coisas como "Flamengo é Flamengo"?

O castigo foi justo. Serve de lição para alguns, como o lutador e competente Vágner Love, que talvez aprenda depois dessa noite que na Libertadores a dancinha em homenagem ao DJ ou ao MC não tem vez. Que nesse torneio vale a técnica somada à luta, à superação, à perseverança. Como mostrou o valente Emelec, alvo de piadas por causa de seu nome e que agora ri da desgraça rubro-negra.

Duas viradas em dois jogos, a segunda fora de casa e com gol no finalzinho dos acréscimos. O time equatoriano foi buscar essa classificação com coração, com briga, com pertinácia, tenacidade, obstinação. Características que o Flamengo até mostrou no último jogo. Tarde demais.

"La Copa se mira y no se toca", costumam dizer os argentinos, em respeito ao torneio e tentando demonstrar seu domínio histórico na disputa da Libertadores. Pode parecer exagero. Mas respeito nunca é demais na competição mais difícil do continente. Por essas e outras, esse pessoal do Flamengo mereceu o que teve, assim, exatamente como aconteceu, com requintes de crueldade.

PS: se você não costuma acessar o blog e achou o texto acima oportunista, na linha do "falar depois é fácil", clique nos links abaixo e veja o que foi registrado em posts anteriores.

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Vágner Love chora: apesar das dancinhas fora de hora, ele merecia algo melhor
Vágner Love chora, apesar das dancinhas fora de hora, ele merecia algo melhor: lição