terça-feira, 10 de maio de 2011

Teixeira pediu presente para votar na Inglaterra como sede de 2018, acusa cartola inglês

O ex-presidente da Federação Inglesa de Futebol, David Triesman, abriu a boca nesta terça-feira e soltou declarações muito polêmicas sobre a votação para a escolha da sede da Copa de 2018. Segundo ele, Ricardo Teixeira e mais três cartolas teriam pedido ‘presentes’ para escolher a Inglaterra.

David Triesman falou nesta terça-feira em uma comissão do Parlamento britânico que questiona quais as razões da Inglaterra ter falhado na sua tentativa de sediar o Mundial de 2018, em dezembro do ano passado; a Rússia acabou sendo a sede escolhida.

O ex-homem forte do futebol inglês revelou que Ricardo Teixeira lhe disse no dia 14 de novembro, no Catar: “Diga-me o que você pode fazer por mim quando você for me ver”.

Além de Teixeira, o paraguaio Nicolas Leoz, trinitário Jack Warner e o tailandês Worawi Makudi queriam presentes para votar na Inglaterra. Leoz é o que teria feito o pedido mais surpreendente. O paraguaio teria requisitado um título de lorde para votar nos ingleses.

Warner teria pedido 2,5 milhões de libras para a construção de um centro de educação em Trinidad e Tobago e depois queria mais 500 mil libras para comprar os direitos televisivos da Copa do Mundo no Haiti. Todo o dinheiro, claro, tinha que passar pelas mãos do cartola. Já o tailandês queria ‘apenas’ os direitos televisivos de um amistoso entre Inglaterra e a própria seleção da Tailândia.

“Essas foram algumas coisas colocadas para mim, as vezes até na presença de outras pessoas. Na minha opinião, não representam o comportamento ético e adequado a um membro do Comitê Executivo”, afirmou Treisman.

O cartola inglês ainda disse que não fez as acusações antes porque temia que elas atrapalhassem a candidatura inglesa. Treisman admite que este não foi o comportameno adequado. “Acho que teríamos queimado as nossas chances, mas, olhando para trás, essa não era a ação correta a se tomar e eu admito isso”, disse.

Agora, o presidente do Comitê Executivo, John Whittingdale, já prometeu escrever ao chefão da Fifa, Joseph Blatter, para lançar uma investigação sobre as alegações de Triesman.

No final, a Inglaterra acabou sendo derrotada na corrida pela sede da Copa de 2018. A Rússia foi escolhida para receber este Mundial.