sábado, 12 de março de 2011

O que existe no Palmeiras mais do que as crises: os boatos

A definição sobre o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, vem de um seus mais importantes conselheiros: "Dizem que ele é indeciso e que vai se submeter à vontade do Mustafá. Não é isso. O Arnaldo é bagre ensaboado!"

A frase veio como resposta à pergunta sobre a pressão feita pelo Conselho de Orientação Fiscal para parar as obras da Arena Palestra: "Esqueça isso! Não vai parar!"

Ontem, quem confirmou que não para foi o presidente do Conselho de Orientação Fiscal, Alberto Strufaldi. Desde a posse de Tirone, o C.O.F. tem pedido revisões no contrato do Palmeiras com a W. Torre. Incomoda-se com a necessidade de o clube arcar com despesas na fase de acabamento da obra.

Não se trata de um abuso. É como comprar um apartamento em construção. Muitas vezes cabe ao proprietário a colocação do piso da sala, por exemplo. Mas o Palmeiras se incomoda com esse tipo de questão.

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"Há outras questões, mas nada que faça parar a obra. O Conselho Fiscal não recomendou a paralisação, nem recomendará", disse Strufaldi. "E tem havido muita disposição das duas partes em dialogar e ajustar as pendências", afirma.

Ontem, a crise extrapolou a vida política e chegou ao campo de jogo, com o caso Felipão e Kléber. À tarde, Kléber desculpou-se pelo twitter. Há quem diga, no clube, que alguns jogadores se incomodam com as viagens de ônibus. O Palmeiras viajou a Bauru de ônibus e vai a Uberaba também dessa maneira. A comissão técnica explicou que a decisão de viajar a Uberaba por terra não foi uma medida de economia, mas logística. O voo da TAM, pago pela organização da Copa do Brasil, levaria a Uberlândia e, de lá, seria necessário fazer uma viagem de uma hora de ônibus até Uberaba. A outra alternativa seria um voo da Azul, saindo de Campinas diretamente para Uberaba. A decisão da comissão técnica é de seguir de ônibus, para evitar o tempo perdido nos aeroportos, levando em conta que parte do trajeto teria de ser feito por terra de qualquer maneira -- Uberlândia a Uberaba ou São Paulo a Campinas.

Nesse caso, a medida palmeirense não foi de economia. "Mas jogador chateado por viajar assim sempre tem", diz um integrante da comissão técnica.