domingo, 27 de março de 2011

Luxa diz que torcedores 'levaram grana' para vaiá-lo e deseja sorte a Adriano

O Madureira vencia o Flamengo por 3 a 1 no segundo tempo do jogo que terminou em 3 a 3 entre as duas equipes. Com o resultado adverso, alguns torcedores se mobilizaram e foram atrás do banco de reservas rubro-negro hostilizar o técnico Vanderlei Luxemburgo. Durante o tempo técnico, o treinador ouviu pedidos para deixar o clube e gritos por Adriano.
Após o jogo, Luxa demorou cerca de 40 minutos para conceder a entrevista coletiva. Ao chegar, foi perguntado sobre o episódio e respondeu.
“Ali atrás tinha uma meia dúzia que deve ter levado uma graninha para fazer isso. Sei como funciona. Isso incomoda. Participo ativamente das coisas. Sou tão Flamengo quanto aqueles torcedores e ainda trabalho para o clube. Tudo faz parte do contexto do futebol. Deve ter acontecido com outros treinadores. Dificuldades nós vamos encontrar, é normal”, afirmou.
Sobre Adriano, novo reforço do Corinthians e que parte da torcida gostaria de ver novamente na Gávea, o treinador comentou.
“O Flamengo é o único clube carioca que está na final e parece que brigamos para não cair. Não consigo entender isso. É claro que tem torcedor que queria o Adriano, outros não. A única coisa verdadeira é que mesmo que o Adriano fosse contratado não poderia jogar e quem teria de resolver seriam esses jogadores: Negueba, Wanderley, Deivid... Isso é o que tenho que defender”, disse, acrescentando.
“É normal, os jogadores vão ter que conviver com essa pressão. Compreendo o torcedor pedir o Adriano. Só podemos mostrar que estamos no caminho certo e construir novos ídolos com vitórias. Que o Adriano tenha boa sorte no Corinthians. Vida que segue, ídolos de um clube vão para outros. Ronaldo treinou aqui e foi para o Corinthians. Edmundo foi ídolo do Vasco e foi para o Palmeiras. Romário jogou nos três grandes, é ídolo. Mas o único finalista é o Flamengo. Os outros buscam o direito de estar na final conosco”, ponderou.
Para encerrar, Luxemburgo analisou o desempenho da equipe no empate diante do Madureira.
“Quando o time fez o terceiro gol precisava ter um pouco mais de calma. Poderia em uma bobeada levar o quarto gol. Por enquanto ainda estamos dentro da competição. Não dependemos mais de nós, mas ainda estamos no bolo. Os quatro pontos que deixamos contra Cabofriense e Madureira já fizeram a diferença. Meus jogadores têm que entender que cada jogo é uma decisão. Tem que melhorar um pouco mais”, finalizou.