quarta-feira, 2 de março de 2011

Fluminense tem no México a primeira decisão na Libertadores

Futebol tem coisas malucas. O Fluminense largou como um dos candidatos ao título da Libertadores e já corre risco de não passar da fase de grupos. O campeão brasileiro se enroscou com dois empates em casa – 2 a 2 com o Argentinos Juniors e 0 a 0 com o Nacional – e agora enfrenta sua primeira decisão, no jogo com o América, na noite desta quarta-feira (21h30 de Brasília), na Cidade do México.
O panorama está complicado para Muricy Ramalho e a turma dele? Razoavelmente. Para dar uma boa respirada, o Flu precisa vencer. Assim compensará as mancadas como mandante. Se empatar de novo ou se perder, fica obrigado a ganhar os três jogos restantes – o América no Engenhão, na volta, e os outros dois fora. Com 11 pontos, ainda será possível sonhar com vaga para as oitavas de final. Com dez, é bem mais difícil. Vai depender de um perda e ganha danado dos demais.
O problema do Flu é não ter engrenado, não ter deslanchado, como se esperava, já que manteve a base de 2010. Mas o travamento passa por dois jogadores – Conca e Fred. Os dois são fundamentais para o time, alma e explosão. Só que não largaram bem. O argentino ficou um tempo de molho, por causa de operação, e nem de longe é o motorzinho do meio-campo como na temporada passada. O centroavante continua com sua interminável rotina de vaivém por causa de contusões.
Muricy se vira como pode, já que também não conta com Emerson, o nome que falta para o tripé de sustentação da equipe. Por isso, a tendência é a de jogar com formação menos atrevida contra os mexicanos. Ricardo Berna em princípio recuperou a condição de titular no gol. A zaga pode ir com Gum, Digão, Leandro Euzébio. As alas ficam para Mariano e Carlinhos, que não têm apoiado o ataque com a eficiência do Brasileiro. Diguinho e Edinho devem dividir a marcação, com Conca na criação. Rafael Moura e Araújo ficam encarregados de infernizar na vida dos zagueiros.
Não é a formação ideal. Na verdade, é a escolha viável – se bem que eu prefiro Souza no lugar de Araújo, pois daria mais liberdade ao Conca. Seja qual for a escalação, o Flu precisa estar atento e forte, parafraseando a canção dos anos 70. Se temer a morte, abre caminho para a degola precoce. O que seria uma pena.