segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O craque do ano

O JORNAL italiano "Gazzetta dello Sport" garante que em 10 de janeiro Iniesta receberá a Bola de Ouro da Fifa, de melhor jogador de 2010. Se for assim, não será justo. Nada contra o craque do Barça, autor do gol do primeiro título mundial da Espanha. Mas o craque do ano foi Messi, outra vez.
Diga-se que o argentino chegou a um nível em que não importa ganhar ou não prêmios de melhor disto ou daquilo. Ele é o cara! Neste ano, foi o cara em três posições, de acordo com as mudanças de posicionamento propostas por seu técnico Josep Guardiola -outro que concorre a melhor do ano, contra José Mourinho e Vicente Del Bosque.
Nos dois primeiros meses do ano, Messi jogou como fazia nos anos anteriores. No 4-3-3 do Barcelona, ocupava a ponta direita.
Em 27 de fevereiro, no 2 x 1 sobre o Málaga, Guardiola inaugurou o 4-2-3-1. Queria Messi mais perto do gol e puxou-o para a faixa central dos armadores, com Ibrahimovic ou Henry na posição de centroavante. Nessa função, Messi realizou duas das atuações mais espetaculares do ano, nos 4 x 0 sobre o Stuttgart, pelas oitavas de final, e nos 4 x 1 contra o Arsenal, quando anotou todos os quatro gols pelas quartas de final da Liga dos Campeões.
A contratação de Villa provocou outra mudança sutil. Guardiola voltou ao 4-3-3, Messi movimenta-se ainda mais por todo o ataque, mas parte da posição de centroavante, com Villa deslocado para a esquerda e Pedro pela ponta direita. Em todas, Messi é o melhor.
Eleger Iniesta ou Xavi significa premiar o título mundial da Espanha. Ter sido discreto na Copa do Mundo e ainda assim ser o melhor do planeta é sinal de que o torneio de seleções tem sua importância cada vez mais relativizada. A importância de Messi é incontestável.

MOEDOR DE TÉCNICOS
De fevereiro de 1995, quando comprou a Inter, para cá, Massimo Moratti mudou o comando do clube 16 vezes, contando os interinos.

O NOVO SONHO
Aparentemente, o novo sonho de consumo de Moratti é Fabio Capello, da seleção inglesa. Trazer Capello agora seria impossível. Leonardo era mais viável. Se o brasileiro não fizer grande campanha, Capello será a sombra.