ENTENDA O CASO
- Então chefe da Renault e empresário de Nelsinho, Flavio Briatore e o engenheiro Pat Symonds pediram o brasileiro que batesse propositalmente no GP de Cingapura de 2008, a fim de forçar a entrada do safety car e beneficiar Fernando Alonso.
A cena foi feita, mas um ano depois, de saída da Renault, Nelsinho fez uma denúncia à FIA revelando toda a armação. O brasileiro ganhou a garantia de não ser punido pela entidade.
Briatore e Symonds, por sua vez, foram afastados. Mas, na Justiça comum, a briga continuou. Briatore ameaçou processar os Piquet, que por sua vez entraram com ação contra a Renault e ganharam.
Atualmente, Briatore segue na Fórmula 1 como empresário de Mark Webber e Fernando Alonso, enquanto Nelsinho foi tentar a sorte na Nascar.
O representante dos Piquet não deixou claro qual será o próximo passo dessa “jornada”, mas explicou que os danos foram muito maiores do que uma simples declaração difamatória.
“Nelson Piquet dominou a F-1 durante o início dos anos 80, e sua reputação como lenda do automobilismo não deveria ser afetada por causa desse caso. E a F-1 foi privada de Nelsinho, apesar de ele estar mostrando seu talento em outros lugares. Embora eles nunca devessem ter ouvido as declarações falsas da Renault, ambos ficaram satisfeitos com o êxito do processo”, completou.
Depois de confessar a batida proposital para favorecer o ex-companheiro Fernando Alonso naquela corrida, Nelsinho e seu pai foram acusados pela Renault, que emitiu um comunicado dizendo que os dois mentiram sobre o caso e tentaram chantagear os chefes de equipe.
Por causa dessa declaração da Renault, os Piquet moveram uma ação na Justiça britânica. Depois de uma audiência, a Renault admitiu que aqueles comentários foram inadequados, pediu desculpas e aceitou pagar indenização.
“O time aceita que as alegações feitas por Nelson Piquet Junior não foram mentirosas, e também que nem ele nem seu pai inventaram tais alegações a fim de chantagear a equipe. Assim, as sérias acusações daquele comunicado são totalmente falsas e infundadas, e nós as retiramos”, afirmou a Renault na audiência.
“Gostaríamos de pedir desculpas sem reservas ao Sr. Piquet Junior e seu pai, pelo estresse e constrangimento causado. Como marco da sinceridade dessas desculpas, aceitamos pagar um valor substancial pelos danos por difamação, assim como os custos judiciais, e nos comprometemos a não repetir tais alegações em nenhum momento no futuro”, completou o comunicado da equipe.