Eles são muito diferentes, mas juntos têm tudo para se entender bem, fazer o Botafogo crescer, reencontrar o caminho das vitórias e da Libertadores. Loco Abreu e Jobson são opostos na forma de jogar e na personalidade, criando a expectativa de que haja o equilíbrio para render frutos. Um pode ajudar o outro tanto no campo quanto fora dele.
A dupla que muitos torcedores esperava ver estreou contra o Palmeiras. O Botafogo passou em branco no jogo, mas as chances criadas foram muitas. Com uma semana para trabalhar, o técnico Joel Santana vê condições de evolução com o entrosamento no dia a dia. Enquanto Jobson aposta na velocidade para dar os dribles e criar as jogadas, Loco Abreu pode usar o seu 1,93m e a presença na área para aproveitar as bolas que receber do companheiro.
– A dupla é boa, tem tudo para funcionar. Tanto que os dois criaram muitas chances, mas falharam no movimento final. A tendência é se entenderem mais. Eles têm características diferentes dentro e fora de campo. A dupla tem equilíbrio, vai dar certo – disse Joel Santana.
Se em campo Jobson pode fazer Loco Abreu se consagrar com bolas na rede, fora dele a ajuda será inversa. O jovem camisa 9, que viveu problemas com drogas, pode aproveitar o jeito centrado e responsável de quem já rodou por vários lugares, como o uruguaio, e ganhar mais maturidade para não jogar fora uma carreira promissora.
– Loco pode ensinar muito, até pela experiência internacional que ele tem em clubes grandes e de menor expressão. Jobson tem tudo para colocar o Loco para fazer os gols e decidir. Que eles possam ser felizes nessa dupla – desejou Leandro Guerreiro.
