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terça-feira, 3 de maio de 2016
Para contratar, Barcelona precisa de mulher mais poderosa da história do clube
Bianca Daga
Ilkay Gundogan, Paul Pogba, o brasileiro Marquinhos… são muitos os nomes ligados ao Barcelona para a próxima janela de transferências, no meio do ano. E não é novidade, a exemplo do sempre especulativo futuro de Neymar, se fica ou se sai. O mercado, pelo menos na teoria, é constantemente muito movimentado por lá. E quem está na linha de frente para definir o que as finanças permitem é Susana Monje, mulher mais poderosa da história do clube catalão.
Sócia número 89.087, ela a primeira mulher a ocupar o posto de tesoureira na história do Barça. Antes responsável pelas equipes de handebol, Susana foi eleita, nas eleições realizadas em julho do ano passado, vice-presidente financeira do clube.
Graduada em Administração de Empresas pela Universidade de Barcelona, onde também concluiu especialização em Estudos de Negócios, aos 44 anos é sócia e diretora-geral do Grupo Essentium, conglomerado de empresas presente em mais de 40 países que opera em cinco áreas: infraestrutura, construção industrial, energia, matéria-prima para construção e habitação.
No início de março, a “dona” das finanças já avisou que o verão europeu será bastante movimentado para o Barcelona, e não só na teoria. “Nunca comentamos sobre as prováveis contratações. Não podemos tornar público o que estamos trabalhando durante a temporada. Nosso secretário técnico observa muitos jogadores, e vocês saberão na hora certa. Mas será um verão intenso, com certeza.”
Foi Susana a responsável por apresentar, em coletiva de imprensa em outubro do ano passado, o orçamento do clube catalão para a temporada atual, 2015/2016, com 4% a mais em relação ao exercício anterior. A meta estabelecida é de um superávit de 20 milhões de euros (R$ 86 milhões), descontados impostos e outros gastos.
A vice-presidente financeira garantiu, na ocasião, que o Barcelona vive seus melhores dias. No entanto, alertou para abusos. “O clube está na melhor situação econômica de sua história, e há potencial para o crescimento da receita. O Barça pode se dar ao luxo de contratar, mas recomendamos prudência extrema.”
Por outro lado, a dívida aumentou de 287 para 328 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão), por conta do investimento em contratações caras. O objetivo é que o número esteja abaixo de R$ 1,2 bilhão na próxima temporada. O que também aumentou foram os salários dos jogadores profissionais e das categorias de base. E, para isso, ela tem uma proposta. “O Fair Play Financeiro tem que chegar aos salários. Se não, viveremos em uma espiral de inflação.”
Governo perdoa R$ 579 milhões em dívidas de clubes grandes. Veja lista
O governo federal perdoou pelo menos R$ 579 milhões em dívidas fiscais para os grandes clubes brasileiros no programa Profut. Esse valor foi obtido em levantamento do blog nos balanços de 14 dos maiores times nacionais. Mas o número é superior a isso já que algumas agremiações não declararam qual foi o desconto obtido ao aderir ao projeto.
Diante dos valores, a renúncia fiscal do governo federal será maior do que o estimado por especialistas. No blog, tributaristas calculavam um desconto total de R$ 800 milhões, e de cerca de R$ 300 milhões para os maiores clubes. Diziam que os débitos cairiam 20% e, em geral, os percentuais foram maiores.
Apesar do perdão de multas e encargos, os débitos fiscais das agremiações caíram bem menos do que o valor do perdão. As dívidas desses 14 times somam R$ 2,109 bilhões, cerca de R$ 50 milhões a menos do que no ano passado. Isso se deve aos juros aplicados aos débitos, mas há indicativo de que vários times deixaram de pagar impostos já à espera do Profut.
Foram analisados os balanços de Botafogo, Vasco, Flamengo, Fluminense, São Paulo, Santos, Palmeiras, Corinthians, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, Coritiba e Bahia – o único que não aderiu ao programa foi o time alviverde paulista. Outros times do mesmo tamanho não foram incluídos porque têm dívidas fiscais menores, ou não entraram no Profut.
Pelas condições do programa, houve redução de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. Mais do que isso, as parcelas a serem pagas pelos clubes caíram consideravelmente. Nenhum dos times terá de bancar sequer R$ 1 milhão por mês, apesar das altas dívidas. Em troca, terão de seguir normas de austeridade que, até agora, poucos cumprem.
O maior desconto foi dado para o Botafogo em um total de R$ 146 milhões. Foi seguido pelo Vasco com R$ 113,5 milhões, e pelo Flamengo com R$ 91 milhões. Todos esses valores proporcionaram superávits aos clubes. O Atlético-MG teve um perdão de R$ 26 milhões, mas já tinha obtido um desconto anterior de R$ 76 milhões em outro programa. São desses quatro as maiores dívidas fiscais.
Outras agremiações tiveram aumentos de débitos com o governo apesar da adesão ao Profut. Foi o caso do Corinthians cuja dívida saltou para R$ 182 milhões, um crescimento de quase R$ 39 milhões. O clube não informou o desconto obtido junto ao governo.
E dois times que costumavam pagar seus impostos também tiveram saltos no valor devido. O São Paulo, cuja diretoria admitiu ter deixado de pagar tributos em 2015, teve aumento para R$ 82,4 milhões, R$ 21 milhões a mais do que em 2014. O mesmo ocorreu com o Cruzeiro cujo rombo fiscal chegou a R$ 166,5 milhões, R$ 40 milhões a mais do que no ano anterior. Nenhum deles declarou qual o pedrão obtido do governo.
A partir de agora, se algum clube deixar de pagar impostos ou a parcela do Profut, está sujeito a ser excluído do programa e a punições da CBF quando o licenciamento para times entrar em vigor. Poderia até ser rebaixado ou impedido de jogar o campeonato. Isso, claro, se a confederação levar a sério mesmo a norma que está em estudo na entidade.
Veja a lista dos descontos e a dívida tributária (não é o débito total):
Botafogo – R$ 146 milhões – desconto / R$ 266 milhões – dívida fiscal
Vasco – R$ 113,5 milhões – desconto / R$ 191 milhões – dívida fiscal
Flamengo – R$ 91 milhões – desconto / R$ 265 milhões – dívida fiscal
Fluminense – R$ 59 milhões – desconto/ R$ 163 milhões – dívida fiscal
Internacional – R$ 47 milhões – desconto / R$ 85 milhões – dívida fiscal
Grêmio – R$ 40,5 milhões – desconto / R$ 82 milhões – dívida fiscal
Bahia – R$ 34 milhões – desconto / R$ 87 milhões – dívida fiscal
Atlético-MG * – R$ 27 milhões – desconto / R$ 258 milhões – dívida fiscal
Coritiba – R$ 21 milhões – desconto / R$ 88 milhões – dívida fiscal
Corinthians – Não informou desconto / R$ 182 milhões – dívida fiscal
Cruzeiro – Não informou desconto / R$ 166 milhões – dívida fiscal
Santos – Não informou desconto / R$ 128 milhões – dívida fiscal
São Paulo – Não informou desconto / R$ 82 milhões – dívida fiscal
Palmeiras – Não aderiu ao Profut / R$ 68 milhões – dívida fiscal
* O Atlético-MG tinha obtido um desconto anterior de R$ 76 milhões por adesão a programa fiscal anterior.
Do riso do impossível ao choro do milagre: Leicester consuma conto de fadas e é campeão
Dois jogos, duas vitórias. O início do Leicester City no Campeonato Inglês deixou Gary Lineker, um dos maiores ídolos da história do clube, empolgado.
"O objetivo continua ser escapar do rebaixamento, não é chegar à Champions League ou à Liga Europa?", perguntou, aos risos, o ícone inglês ao técnico Claudio Ranieri, durante uma transmissão da BBC.
A resposta foi enfática e também aos risos: "Obrigado, Gary, mas não é possível."
Mal sabia o treinador que seu time estava apenas começando a alcançar o impossível. Na terra dos magnatas, das contratações mais caras e do campeonato mais glamouroso do planeta, o Leicester construiu seu milagre. Um milagre definido nesta segunda-feira, quando o Tottenham, concorrente direto na briga pela taça, empatou com o Chelsea em 2 a 2.
Após empatar com o Manchester United em 1 a 1 no domingo, o Leicester precisava que os Spurs não somassem três pontos diante dos Blues, feito que parecia improvável no intervalo, quando o vice-líder vencia por 2 a 0. Porém, gols de Cahill e Hazard fizeram a partida terminar igual, e deram o título aos Foxes.
O título em vídeos
Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham... nenhum deles foi capaz de peitar os Foxes, que veem seus sete troféus da Segunda Divisão Inglesa e os dois da Copa da Liga Inglesa deixarem o patamar de título mais importante da história do clube.
E o Campeonato Inglês, com 130 anos de história, tem um campeão inédito - o primeiro desde o Nottingham Forest de 1977-78. Mas isto está longe de ser o principal motivo para que este seja um dos maiores feitos já registrados do futebol.
Mais impressionante que a conquista em si, é a forma como o clube conseguiu isso, apesar da diferença abissal para seus maiores rivais. Há seis anos, o Leicester era rebaixado à terceira divisão. Há um ano e 15 dias, estava na lanterna da Premier League.
Sete triunfos, um empate e uma derrota nos últimos nove jogos marcaram não só a virada impressionante para os Foxes seguirem na elite como permitiram o início do milagre de 2015-16.
O começo de campanha nesta temporada já indicava uma surpresa. Foram 11 rodadas com o artilheiro Jamie Vardy marcando, algo inédito na história da Premier League. Duas partidas depois, a liderança era alcançada pela primeira vez.
O Leicester, aos poucos, era adotado por todos. O time até saiu da ponta, mas voltou a ela na 22ª rodada, quando já era muito maior o número de fãs, sendentos por uma história de contos de fadas, de superação e de raça, em tempos em que o futebol assume cada vez mais o papel de grande negócio. E voltou para não sair mais.
A história em vídeos
As camisas azuis foram esgotadas e encheram de orgulho uma cidade que nunca foi referência no futebol. Mais do que isso, despertaram a simpatia de pessoas que não eram ligadas à Premier League ou que não torcem para times na competição.
O Leicester mostrou que o futebol, mais do que dinheiro e glamour, é humano e envolve profundamente o sentimento de seus seguidores. O lado humano, por sinal, foi refletido por Claudio Ranieri. O mesmo homem que riu da possibilidade de título após a segunda rodada chorou ao ver que o impossível era quase iminente.
O choro, que foi um tanto contido, veio três partidas antes de o milagre se concretizar, na 33ª rodada contra o Sunderland. Hoje, Ranieri, que nunca havia vencido uma liga nacional em 30 anos de carreira, pode chorar à vontade.
A Inglaterra tem um novo campeão. O futebol tem um novo xodó.
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