quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ganso, o craque da ficção. Quando joga? Como joga? Afinal, ele joga?

O talento de Paulo Henrique Ganso com a bola nos pés é reconhecido. Mas futebol não se joga apenas com ela sob controle. O camisa 10 do Santos é pouco participativo, briga pela recuperação da pelota menos do que devem por ela lutar os jogadores de hoje. Ainda mais os meio-campistas.

Acompanhei no "Linha de Passe" da ESPN Brasil a discussão sobre ele e Oscar, se podem jogar juntos, ou não. Hoje, Ganso não pode sequer ser apontado titular absoluto da seleção. Não apenas pela recente cirurgia, mas pelo futebol de raros lampejos. É muito, mas muito pouco.

Oscar explorou bem as chances que teve, armando pelo centro da cancha ou mais pela direita. Roubou a bola no ataque, deu passes, lançamentos, fez gol. Ganso não tem feito nada disso, salvo eventuais brilharecos no Santos, onde Neymar o ofuscou amplamente de 2010 para cá.

Ganso é o craque de ficção, o jogador genial na mente de parte da imprensa e da torcida. Sem mercado nos grandes clubes internacionais com sua postura pouco participativa (o Barcelona escancarou isso), segue entrando e saindo do time enquanto esperam pelo seu "grande" futebol.

Ele ainda é tema de debate muito mais pelo que imaginam que possa fazer do que pelo que realmente faz. Talvez entre em campo nesta quarta-feira contra o Corinthians. Seria mais uma chance de mostrar que é um craque de verdade. Ainda há tempo.


Ganso em ação contra o Barcelona na decisão do Mundial de Clubes
Ganso em ação contra o Barcelona no Mundial