sábado, 17 de setembro de 2011

Qual o pior time?

Desta vez decidi fazer uma pergunta aos leitores deste belo site da ESPN Brasil. Qual o pior time da Seleção Brasileira? O misturado (com jogadores daqui ou do exterior) ou o que enfrentou a Argentina em Córdoba (formado só por aqueles que atuam em equipes brasileiras)? Honestamente, não sei dizer. A única coisa que me chamou a atenção, em Córdoba, foi o preparo físico da Seleção Argentina. O que eles, jogadores apenas medianos, tomaram de bola dos brasileiros não está no gibi. É claro que foram violentos, principalmente com Ronaldinho Gaúcho e Neymar. Mas eles, fora Ronaldinho e Neymar, tinham sempre três cercando nossos jogadores, lutando pela bola como quem briga por um prato de comida – como diria o saudoso Nélson Rodrigues (1912-1980) em suas crônicas.

Não posso, sinceramente, criticar o técnico Mano Meneses. O que ele poderia fazer diante daquele desentrosamento total? Milagre? Critico, isso sim, a mim próprio, que fui dormir tarde para assistir àquela pelada internacional, diante de uma torcida razoável (aliás eles, os argentinos, não se conformam com a estatística que nos dá vantagem de 37 vitórias contra 34). Segundo soube, furtaram umas três o quatro vitórias brasileiras para ficarem na frente do confronto direto. Mas isso não me surpreende.

Agora fica a dúvida. Depois de tantos insucessos, será que Mano Meneses vai misturar os ‘gringos’ com os brasileiros daqui? Em que será que vai dar? Sei que falta muito para a Copa do Mundo de 2014 e que até lá podem aparecer jogadores com maior categoria. Mas as seleções de hoje são de uma ‘tristeza franciscana’ – repito aqui o que dizia mestre Nélson Rodrigues, meu antigo colega de redação e pessoa boníssima.

Mas uma coisa, repito, me chamou a atenção: a marcação deles. Ou os argentinos pensavam que estavam enfrentando um time fortíssimo – e não queriam dar espaço de jeito algum – ou precisamos melhorar muito os nossos combates. Essa história de ficar trocando passes na defesa já era. E nossos lançamentos – quando existiram – sempre foram cortados por eles. Não sou um sujeito pessimista, mas para continuar nesse rame-rame essa Copa de 2014 já era. Será uma pena porque, ainda menino de calças curtas, senti no coração o que foi a derrota para o Uruguai em 1950. E já jornalista, fiquei inconformado com a eliminação pela Itália na Copa de 1982, quando o Brasil tinha um timaço armado por Telê. Será que é apenas uma questão de geração? Espero que não. Torço que não. Não podemos jogar foram a oportunidade do hexacampeonato, embora a FIFA, com toda razão, já nos tenha rebaixado em seu ranking de seleções – por sinal, com toda a razão.